Capítulo 6 - Dor.
Meu coração congelou, deixando que o silêncio preenchesse aos ares. Um demônio? Ele só podia estar brincando...Sua reação era mais séria do que estava, ou assustadora. Engoli a seco, mesmo que ardesse meu pescoço. Tentei me levantar, mas o rapaz encostou meus ombros na cama. Encarei-o. Mesmo que fosse um demônio, e pudesse me matar á qualquer hora, ele já estava abusando demais de mim. Pouco me importava de enfrentá-lo, já estava morta mesmo. Fuzilei-o com o olhar, franzindo as sobrancelhas. Ele apenas mantinha-se indiferente, com um sorriso leve em seus lábios. Soltei suas mãos de meus ombros, empurrando-o para o lado.
- Sabe que posso te prender á força- Ameaçou ele, com um sorriso brincalhão em seus lábios.
Cruzei os braços, tentando me levantar da cama.
- Tente.- Retruqui, revirando os olhos.
- Você é muito teimosa. Vai acabar morrendo desta forma.- Respondeu, tocando meu ombro e o puxando com força.
Soltei uma risada nervosa, talvez, até irônica.
- Não tenho medo de você, não tenho medo da morte. Vai acabar me comendo no final? Ótimo, mas minha vida continua até lá.- Disse-lhe, dando passos vacilantes para frente.
Sua mão quente pousou me meu ferimento. Congelei, evitando de fazer qualquer movimento. Meus pelos se arrepiaram, uma onda de medo caiu sobre mim. Sua mão apertou meu ferimento, trazendo-me uma onda de dor. Quase desabei no chão, mas sabia que poderia até ser pior. Tentei respirar, minha boca mal podia fazer movimento algum. Deus, o que eu fiz?
- Você não entende? Você me pertence, Emily!- Exclamou ele, soltando uma risada sádica.- Esse é meu jogo, estas são minhas regras. Se digo para fazer algo, faça, ou morrerá da forma mais dolorosa que existe.- Completou, apertando a mão em meu ferimento.
- Entendi.- Murmurei, no mesmo instante, ele tirou a mão de meu ferimento.
E como se não tivesse me ameaçado, abriu um largo sorriso em seus lábios. Era tão cínico que dava vontade de dar um murro em seu nariz. Sabia que seria impossível, seu reflexo era mais que perfeito. E com um demônio, não conseguira contê-lo. Era submissa desta criatura pavorosa, e tinha que admitir...não tinha escolhas á não ser ficar a mercê dele. Tinha que proteger Sam á qualquer custo. Justin passou alguns minutos trocando as faixas, que haviam sido sujas de sangue novamente, por sua pressão. Arfei, virando o rosto. Não iria mostrar minha dor á ele, não iria dar esse gostinho de vitória.
- Tio Sam vai chegar logo.- Informei, mal-humorada.
- Ótimo, um jantar em família.- Brincou, tocando seus dedos quentes em meus ombros.
Senti minha boca abrir, e logo que percebi, tratei de fechá-la. Merda, merda, merda! Mesmo que ele fosse um demônio, e tivesse falado que iria me matar, que se alimentaria de mim, eu ainda sentia desejo de sua pele na minha, de seu halito quente e seus olhos sobre o meu rosto.
- Juro, se não tivesse machucada...Trataria de abusar de você.- Justin me puxou pela cintura, colocando-me em seu corpo. Em seguida, soltou uma risada baixa próxima a minha orelha.- Ainda é virgem.- Não era uma pergunta, e sim uma afirmação.
Senti meus lábios tremerem, assim como meu corpo. Justin tratou de se afastar, como se tivesse algo que o tivesse desagradado. Sim, eu realmente era virgem, nunca havia transado com ninguém, e muito menos queria com ele. Quem estava enganando? Eu queria transar com ele! Imagine, um demônio trasando uma humana. Merda, merda, merda. Eu estava...me apaixonando por ele? Balancei a cabeça negativamente, ignorando a presença dele. O que era bem improvável. Como a minha vida havia mudado tão drasticamente de um dia para outro? Eu precisava...
Ouvi alguém abrindo entrando na casa, com certeza, tio Sam. Justin levantou-se da cama, onde me observava. Antes de tudo, coloquei a mão sobre seu peito, impedindo-o de prosseguir por apenas alguns minutos. Mantinha meu olhar baixo, impedindo que a beleza de seus olhos me pregassem peças.
- Por favor, não faça nada com ele.- Pedi.
Ele colocou a mão sobre o meu queixo, erguendo meu rosto. Seus olhos fitavam os meus, fazendo minha respiração falhar por alguns segundos.
- Fique tranquila.- Seu tom de voz não era nada tranquilizador, ele deu uma piscadela.
Como se não fosse o bastante, aproximou o rosto do meu e mordeu meu lábio inferior de leve. Com o propósito de não arrancá-lo, se não o faria. Não havia outra saída, era me entregar á ele ou teria que enfrentar mais uma morte em minha família.
Bruna.
Acho que enrolei muito neste capítulo, mas quero que vocês, leitoras, desenrolem a história aos poucos, não quero perder vocês assim tão fácil. Caso esteja ficando chato, avisem, babys. Sei tornar essa fic muito emocionante. Como disse, as aulas começaram e aqui estou eu, postando a cada semana. Ainda bem que o carnaval irá me dar alguns dias em casa, pelo menos o carnaval traz algo útil. Isso é tudo! Kisses, lindas.
PS: Leitoras, sorry por não responder os comentários de vocês, estou postando rapidinho.
chato? chato? pelo amor,não está chato,está mais do que bom,está perfeito *u* ble,nem sei mais o que comentar ;P kkkk continua
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