sábado, 2 de março de 2013

Playing with Demons!




Capítulo 8 - Surpresas.

Seu vulto se passou tão rápido que mal pude acompanhar sua aproximação. Inesperadamente, uma de suas mãos encontravam-se envoltas em meu pescoço, a outra, puxando meus cabelos para trás. Meus lábios tremiam, assim como todo o meu corpo. Uma gota de suor desceu por minhas costas, fazendo-me suspirar. Voltei a respirar, olhando para aqueles olhos castanhos claro. Um sorriso brincava nos lábios de Justin, como sempre, ele se divertia as minhas custas.

- Tudo bem, agora me solte.- Pedi, virando o olhar.

Tinha um orgulho maior que meu eu, e odiava ter que suplicar para ele me soltar. Justin continuou firme, agora me passando para o seu lado e soltando meus cabelos. Sua mão passou por minha cintura, prendendo-me a ele. Já a outra, pendia em meu pescoço, seus dedos quentes tocavam minha pele exposta. Meus pelos se arrepiaram, mesmo que a sensação fosse quente.

- Te soltar? Minha diversão está apenas começando.- Murmurou, próximo a minha orelha.

- O que vai fazer? Quer me estrupar também?- Perguntei, insolente.

Seus dedos percorreram meus lábios, descendo por meu pescoço. Senti meu coração se acelerar, borboletas voavam em meu estômago. A mão de Justin adentrou por minha blusa, tocando o meio seio esquerdo. O rapaz o apertou com força, colando seu corpo ao meu.

- Talvez. Não acho que aqui seja o lugar certo, talvez.- Repetiu ele, um tanto desatento.

Sua mão apertou meu seio novamente, com ainda mais força. Seus lábios encostaram em meu pescoço, fazendo-me tremer novamente.

- Ainda estou machucada. Não quero fazer isso, muito menos com você.- Dei ênfase na última palavra, mostrando certo desprezo.

Justin soltou uma risada baixa, suas feições se enrijeceram. Um ar sombrio tomou conta de seus olhos, que tinham um brilho vermelho. Ele não estava para brincadeiras, e sabia que iria sofrer caso não fizesse o que pedisse. Tentei me desvencilhar de suas mãos, mas estas me prendiam com extrema força. Não me mexi para que não provocasse hematomas em minha pele. Chega de machucados ou não sairia daquela casa nunca mais.

- Justin, eu ainda estou machucada.- Completei, numa voz mais baixa e controlada.

O demônio fechou os olhos por alguns instantes, soltando suas mãos de meu corpo, um tanto violento demais. Arrumei minha blusa e me afastei de Justin. Era ainda difícil vê-lo como um demônio, mas como poderia aceitar o fato dele querer matar a mim e Sam? Ele não era normal, era sombrio e misterioso, no entanto, isso o atraia mais nele. Merda, onde iria me meter desse jeito? Era tudo culpa minha, era culpa dele também. Tinha mais com o que me preocupar, ele estava irritado, e qualquer coisa que fizesse de errado, poderia ser morta neste momento.

- Bom, acho que vou lavar a louça.- Murmurei, já pegando os pratos.

Ele pôs a mãos sobre as minhas, lançando-me um olhar desafiador.

- Não, você deve estar cansada demais para isso, eu...Cuido disso.- Respondeu ele, numa voz abaixa e controlada.

Tentei não parecer surpresa. Mas nada poderia ser mais patético do que um demônio lavando minha louça. Reprimi os lábios e desviei o olhar. Justin tomou os pratos de minha mão, e com certa facilidade invejável, equilibrou toda a louça em seus braços, levando-os para a cozinha. Dei as costas a ele e me direcionei ao quarto. Fechei a porta e me sentei na ponta da cama. Tirei o elástico que prendiam meus cabelos e os soltei em volta de meus ombros. Peguei uma mecha de meu cabelo e a toquei com meus dedos. Era tão patético. Aqui estava eu, sozinha em meu quarto, enquanto um demônio lavava minha louça. Peguei uma mecha de meu cabelo e a coloquei atrás da orelha. Ouvi minha porta se abrir. Seria possível?

- Não é possível que seja assim tão rápido.- Disse ao olhá-lo.

Justin possuía a mesma expressão sarcástica, em seguida, deu de ombros.

- Você ainda não viu nada.- Respondeu ele, revirando os olhos.

Engoli a seco, levando suas palavras a sério. Era o que meus instintos me ''diziam''. Justin se sentou ao meu lado, puxando-me com seus braços para a cama. Seus dedos quentes traziam sensações diversas em minha pele, minha respiração vacilou, o que me fez estar dispersa no que acontecia ao meu redor. Depois de tudo o que havia acontecido, ainda estava completamente atraída por ele. Era um sentimento idiota o que sentia, ótimo, agora era sentimento. O que viria depois, o amor? Certo, quer dizer, errado. Não queria sentir nada por ele que não fosse desprezo. Em seguida, o rapaz puxou o edredom e cobriu meu corpo junto ao dele. Perguntei-me que horas começaria soar ali dentro, mas o clima era frio. Bem, tudo estava ao meu favor. Suas mãos pendiam em meu corpo, obrigando-me a me manter próximo a ele.

- Está mais quente, não?- Perguntou ele, erguendo uma de suas sobrancelhas.

- Até demais. Preferia o ar livre. Se não percebeu, estou presa nesta casa desde que cheguei.- Respondi, num tom irritado.

Justin soltou uma risada baixa, como sempre, se divertia as minhas custas. Era tudo tão estranho, em um momento, ele estava todo nervoso, no outro, ria. Era melhor não atormentá-lo para que não ficasse nervoso.

- Se quer sair, assim seja. Ainda estou com fome e quero me alimentar, de qualquer forma. Fazemos assim, saia. Mas se fizer algo de errado, que me exponha ou qualquer coisa que for. Estará declarando a morte de seu tio, entendidos?- Ele falava como um adulto fazendo um acordo com uma criança mal criada.

- Tudo bem.- Concordei.

- Esconda seu ferimento, e tente não demorar muito.- Disse, levantando-se da cama em um salto.

Me levantei em seguida, arrumando a blusa que vestia. Me direcionei ao banheiro, depois de vê-lo sair. Logo, tomei um demorado banho quente, nisso, meus olhos tornaram-se inchados e vermelhos. Sim, eu chorava. Não por minha causa, e sim pela minha situação. Perguntava-me se tudo era um pesadelo e que poderia despertar dele a qualquer momento. Mas não, parecia que isso não teria fim, quer dizer, não enquanto eu não tivesse fim. Justin era um demônio, e não um belo garoto no qual me sentia atraída. Respirei fundo, limpando meu rosto repleto de lágrimas. Sequei meus cabelos ondulados, deixando-o cair sobre minhas costas. Vesti uma calça jeans rasgadas, dobrada até a canela, uma blusa sem mangas, jaqueta preta e um lenço no qual pudesse esconder meu machucado, que agora não sangrava tanto quanto antes. Peguei uma bolsa pequena, onde continha algumas notas de dólares. Sai rapidamente do quarto, a caminho da saída. Sam assistia televisão na sala, assistindo o jogo e comendo besteiras. Como se não tivesse sido hipnotizado por um demônio. Devia deixar o sarcasmo de lado, mas era a única coisa que me deixava sã de minha situação.

Fazia-se um dia nublado do lado de fora, era uma tarde ventosa, o que não impedia dos jovens se divertirem. Notei um grupo de jovens na rua, tinham cigarro e bebida nas mãos. Um garoto alto e de cabelos negros sorriu para mim, dando uma piscadela. Abri um leve sorriso em meus lábios, simpatizando. Esperava que Justin não se incomodasse com isso, mas tinha certeza que não poderia ter quaisquer relações com outros homens. Respirei fundo, e comecei uma caminhada para lugar nenhum. A frente, avistei uma grande praça, que aparentava estar sozinha. Segui em passos largos, já não sentia a ardência de meu machucado. Quem sabe, em alguns dias, já poderia tirá-lo? Em alguns minutos, encontrava-se a frente da praça. Era um lugar um tanto sombrio no frio, tinha variedades de plantas. Era um pouco mais frio, fechei os botões de minha jaqueta, deixando apenas alguns botões abertos.

Uma brisa fria preencheu os ares, fazendo meus cabelos levitarem a minha volta. Meus lábios tremeram com o frio, fazendo meus pelos se eriçarem. Passei minha língua nos lábios, deixando-a um pouco mais úmida. Resolvei me sentar em um banco de madeira, que me pareceu confortável. Olhei para os lados e me encontrei completamente só naquele parque. Perguntei-me o que fazia ali sozinha, e o quanto parecia estranho uma garota jazendo em um parque sozinha. Ao meu lado, notei alguém se sentar ao meu lado, para minha surpresa. Tinha sido desatenta, desatenta até demais. Ou pior, seria ele que já estava ali, á minha espera. Diferente do que imaginava, não era Justin que estava ao meu lado, e sim outro garoto.

Bruna. 
E ai meninas, como estão? Haha. Sei que estive sem postar por alguns dias, como já havia dito, a porcaria da escola voltou e estou com muito pouco tempo no computador. Esse capítulo ficou até um pouco grandinho, e espero que tenha ficado bom o suficiente para vocês. Bem, perceberam que mais um personagem apareceu, assim como outros também irão aparecer, mas nunca esquecerei o foco da história, que é o casal, Emily e Justin. Muitas surpresas virão, muitas ''criaturas'' aparecerão, o que pode sair um pouco do foco...Bem, espero que opinem nos comentários, tenho muitas ideias em mente e não sei como serão aceitas por vocês. Beijos. 

Um comentário: