quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Playing with Demons!



Capítulo 1 - O início.

* Flash Back Onn*
Encontrava-me sobra minha escrivaninha, diante de meu diário. Adorava-o, tinha capa de couro negra com as fotos de meus pais na capa. Passava tanto tempo distante deles, que sempre viajam á trabalho. Nesta noite, ele chegariam de viagem, dando início as longas férias que passariam em casa. ''Finalmente.'' Fora a palavra que escrevia no meu diário, fechando-o em seguida. A janela estava aberta, a lua era cheia, com um céu repleto de estrelas incandescentes. Sabia que á qualquer hora eles chegariam, e que logo estariam aqui, me dando abraços calorosos. Pareci uma criança prestes á receber seu presente de Natal. Era apenas uma garota de 16 anos esperando por seus pais, que não os via á meses. Avistei um carro negro atravessando o jardim, era lustroso e grande. Do jeito que papai gostava, esportivo e grande. Já mamãe, preferia os modelos mais sofisticados. Bem, não era hora para isso. Não iria esperá-los aqui, sentada. Levantei da cadeira, voltando-se á saída do quarto. Disparei pelo corredor e desci as escadas rapidamente, esperando que meus pais estivessem na porta, á minha procura. Não era isso  que eu via. E sim meu avô de cabeça baixa e olhos lacrimantes.
- O que houve, vô? Onde  estão meus pais?- Perguntei, olhando para os lados.
Meu avô olhou em meus olhos, como se fosse dizer algo que não queria. Minha avó descia ás escadas, abraçando meus ombros. Ouvia seus soluços próximos á minha orelha.
- Anthony e Vivian... sofreram um acidente. E-eles es-tão...mortos.- informou ele, seus rosto, repleto de lágrimas reluzentes.
* Flash Back Off*

Aqui estava eu, em uma viajem para Canadá, á caminho de uma pequena cidade, chamada: Murkcity. Onde meu querido tio, Sam morava. Não tínhamos contatos há alguns meses, no entanto, ele havia aceitado ser meu tutor. Meus avós estavam velhos demais para cuidar de uma adolescente cheia de hormônios. Mesmo que não tivesse nem ai para minha vida. Eu queria morrer, para que pudessem ver meus pais. O táxi andava com velocidade após nossa saída do aeroporto, havia dado o endereço ao motorista, que logo sabia exatamente onde localizava-se a residência do tio Sam. Pouco sabia sobre ele, apenas que era um professor do colégio que iria estudar.  Ótimo, havia alguém em supervisionando. Merda. Tinha receio daquele motorista me olhando sobre o espelho. Bem, eu era considerada bonita pelas pessoas. Meus olhos eram azuis eletrizantes, meus cabelos escuros estavam jogados pro lado. Minha roupa era um quente para o inverno, estava nevando do lado de fora do carro. Tinha que me acostumar com isso o mais rápido o possível. Em poucos minutos, paramos em uma casa média, era acomodativa e em um bairro nobre. Bem, digamos que Toronto era uma capital rica. Isso não me importava tanto, só não queria alguém pegando no meu pé.

Paguei os vinte dólares ao motorista, que me ajudou a desembarcar as malas. Não  eram assim tão pesadas,   então as levei sozinha até a entrada da residência do meu tio. Toquei sua campainha, o que não fora preciso pois a porta se abriu no exato no momento. Meu tio não aparentava estar mais velho, parecia um jovem de 26 anos de sempre. Seus cabelos claros estavam em um topete respeitoso. Seus músculos definidos destacavam-se na camisa branca de botões. Seus olhos azuis, igualmente aos meus, olhavam meu rosto.

- Não precisava ter pego as malas, podia ter me gritado.- Informou ele, pegando as malas da minhas mãos.

Rolei os olhos, deixando que ele seguisse para dentro de casa. A residência era realmente bem arrumada, ele era um homem organizado ou tinha uma empregada. A sala era espaçosa, havia um sofá longo, com uma mesa  de centro. Uma TV de plasma encontrava-se pendurada na parede. Era bem moderna a casa de meu tio, até para um cara solteiro que troca mais de namorada do que de  cueca.

- Bem, você cresceu.- Disse ele, abrindo os braços para um abraço.

Tentei não ser rude, assim, abri um leve sorriso em meus lábios. E o abracei. Tinha muito a agradecer a Sam, ele havia aceitado cuidar de mim, abrir a porta de sua casa para minha pessoa. Senti seus braços me apertarem por um momento, e após alguns segundos, me soltaram novamente.

- Acho que vou arrumar minhas coisas...hã. Onde eu vou ficar?- Perguntei á ele, um pouco sem graça com o afeto.

Ele sorriu, carregando as malas novamente.

- Me siga.

Peguei uma mala pequena e o segui ao fim do corredor a lateral da sala. A porta era branca, nada de espetacular. Adentro no quarto, que era até grande para mim. Havia uma grande janela na  lateral, que dava para o jardim,  com um armário que preenchia toda uma parede. Uma cama de estendia-se ao centro. Voltei-me ao meu tio, com um sorriso em meus lábios.

- Obrigada. É incrível!- Exclamei, mostrando mais animação.

Ele realmente pensara em mim, em meu bem estar. Sam me surpreendera, desejava não lhe trazer problemas. No entanto, eu ainda estava mal. Me sentia vazia por dentro, não iria causar confusão. Mas nem sempre podia exibir um sorriso em meus lábios.

- Vou te deixar sozinha. Organize suas coisas, e descanse.- Respondeu ele, deixando-me sozinha no quarto.

O melhor de meu tio, e que ele não ficava em cima  de mim. Teria privacidade neste lugar, diferente dos meus avós, que repetiam a mesma pergunta diversas vezes. ''Você está bem?''. Quantas vezes havia escutado essa frase? Deixei meus pensamentos vagarem por minha mente por um momento. Notei o céu escurecer pela janela, que estava meio aberta. Comecei a desarrumar as malas, colocando minhas roupas no armário. Não tinha tantas para ocupar todo ele, mesmo que tivesse dinheiro para preenchê-lo. Eu não me importava,  tanto fazia para mim. Guardei minhas malas no quanto do quarto, deixando-as longe dos olhares dos visitantes. Raramente trazia alguém para o meu quarto, ele era muito pessoal. Deixava minhas coisas expostas e textos. Sim, eu escrevia. Até demais. Tirei minha roupa de viagem, deixando-a em cima da cama. Me direcionei ao banheiro do quarto, que era todo branco. Minha pele relaxou em contato com a água quente do chuveiro, era uma delicia. Sentia-me idiota por não ter usado palavrões o dia todo. Não tinha muitas amigas no meu antigo colégio, e deixara de falar com elas após a morte dos meus pais. Não havia nada que me prendesse em minha antiga cidade.

Vesti um pijama de seda beje, deixando minha pele ganhar destaque. Sequei meus cabelos molhados com o secador, deixando-os soltos. Senti um vento frio percorrer por meu corpo. Como se o clima tivesse mudado de uma hora para outra.  Me direcionei a janela, pronta para fechá-la. Do lado de fora, estava escuro. Por completo. Na escuridão da noite, apenas pude enxergar. Um par de olhos vermelhos, brilhantes como nunca. Uma figura negra moveu-se entre as árvores, um grito abafado. E eu, sendo levada para a escuridão.

Bruna.

E ai, o que acharam? Nome de cidade estranha, né? Murk significa '' Escuridão'' e só adicionei o ''City''. Bem, espero que estejam gostando e continuarei á postar. 

Um comentário:

  1. Omg,pirando <3 meu Deus, você escreve bem pra caralho kkk
    Cara,meu,sei lá o que falar,fiquei apaixonada por esse primeiro capitulo,serio mesmo <3
    Continua

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