quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Playing with Demons!




Capítulo 2 - Ele.

O pesadelo cercava minha mente. Aquela imagem preenchia meus pensamentos. O jardim escuro, com aqueles olhos vermelhos. Abri meus olhos, ainda era cedo demais, umas seis da manhã? Talvez. Não podia ser um pesadelo, a lembrança era nítida demais para isso e perturbadora. Olhos vermelhos! De onde havia tirado isso? Esperava que de um filme de terror. Balancei a cabeça negativamente, bagunçando meus cabelos. Foi um pesadelo, tem que ser. Ou estava ficando maluca. O que era bem provável. Merda. Respirei fundo, me direcionando ao banheiro. Tomei um banho quente, sim, estava frio. E ainda não tremia pois a casa tinha aquecedor. Sequei meu cabelo com a secadora, se ele ficasse molhado, pegaria um resfriado. E não queria passar a maioria de meu tempo na cama. Vesti uma calça jeans, blusa de botões pretas e botas de cano médio. Ficaria em casa, caso tivesse que sair para comprar comida, não sabia quais eram os dotes culinários de meu tio e nem como organizava sua cozinha. Me direcionei á sala, que jazia vazia.

- Tio Sam!?- Chamei por ele, alto o bastante para que ele ouvisse.

Silêncio. Ele devia ter saído, ou sei lá. Não estava ali para cuidar da vida de Sam e muito menos atrapalhá-lo em sua rotina matutina. A cozinha tinha o mesmo lugar da sala, com uma bancada no centro. E armários. Bem, era hora de caçar alguma coisa para comer. Abri o primeiro armário, caixas de cereais. Fui interrompida pela campainha. O barulho era irritante, então tratei de atender a porcaria da porta. Não olhei no olho mágico, se fosse um assassino, estaria desde já, morta. Um garoto alto, de corpo atlético e cabelos claros encontrava-se diante de minha porta. Sua pele era clara, e seus olhos eram cor de mel. Era lindo, claro. Lindo, era pouco para ele. Ele vestia roupas comuns e quentes, que realçavam sua beleza. Não que ele escolhesse suas roupas, tudo ficaria ótimo em seu corpo. Minha respiração falhou ao perceber que seus olhos mantinham-se em meu rosto. Tentei pronunciar alguma palavra, ou uma letra. Minha boca continuou aberta, admirada com o  garoto.

- Oi, Sam se encontra...?- Sua voz era melodiosa e confiante, como se soubesse exatamente do que falava.

Pisquei, balançando a cabeça negativamente. Tentei me encostar na parede, tirando os olhos do garoto.

- Ele saiu, não sei onde foi e que horas vai voltar.- Minha voz soou rouca e baixa, como se estivesse acabado de me afogar e fosse salva por algum salva-vidas.

A expressão do garoto era indiferente, despreocupada. Deus, tinha que despachá-lo, mesmo que meu corpo negasse tê-lo longe. Eu, definitivamente, odiava ser uma adolescente. Respirei fundo, voltando a olhar pro garoto.

- Bem, poderia esperar por ele? É importante.- Informou ele, abrindo um sutil sorriso em seus lábios.

Merda. Tentei não parecer antipática, mas não o queria por perto. Ele era tão.... tentador. Pelo amor de Deus! Dei-lhe algum espaço para adentrar na casa. Caminhei em direção á cozinha, ainda, procurando algo para comer. Notei que o garoto me seguia, acompanhando meus movimentos calmamente. Ignorei-o, mostrando estar ocupada. Peguei a caixa de cereais e o coloquei na bancada. Em seguida, peguei uma tigela no armário e colheres.

- Servido?- Ofereci, pegando a caixa de leite na geladeira.

- Não, obrigado.- Respondeu, ele, encostando-se na bancada.

Dei de ombros, servindo-me do meu café da manhã. Olhava para janela, evitando o garoto que me olhava enquanto comia. Mesmo, que fosse quase impossível. Comecei a cantarolar uma música mentalmente, uma de minhas favoritas ''Iron & Wine - Flightless Bird''.

- O que lhe traz aqui?- Interrompeu-me o jovem, olhando em meus olhos.

Olhar aqueles olhos eram mais difícil do que pensava, tentei manter minha expressão de desentendida, o que realmente estava naquele momento.

- Como? Não vou lhe responder qualquer pergunta que for. Nem sei seu nome.- Respondi, num tom rude.

Droga. Eu queria mesmo que ele me escapasse. O que estava acontecendo comigo? Me senti vazia por tanto tempo, e agora, queria aquele garoto para mim? Nada poderia curar minha dor, nem um belo garoto. Sua expressão continuou a mesma, ele mal ficara perturbado, e sim abriu um sorriso largo em seus lábios, estendendo sua mão direita.

- Olá, meu nome é Justin. E você, é...?- Apresentou-se ele, olhando minha expressão aturdida.

Rolei os olhos, negando-se a pegar em sua mão.

- Meu nome é Emily, Emily Stormborn.- Respondi, dando uma colherada em meu cereal.

Ele sorriu, aproximando-se em alguns passos. Justin passou os dedos pelo armário, mostrando indiferença. Não fiquei nada convencida, erguendo uma sobrancelha no mesmo instante.

- Vai responder minha pergunta?- Perguntou ele, voltando a olhar meus olhos.

Arriei os ombros, colocando a tigela na pia. Estava saciada.

- Bom, era isso ou viver sozinha.- Meu tom de voz era sarcástico.

- Seus pais...?- Perguntou ele, deixando uma  interrogação nos ares.

Era evidente não? Se tivesse pais  eu estaria aqui? Deixei a pergunta não me abalar, como já havia me acostumado. Já respondera essa pergunta diversas vezes,  as pessoas pouco se importavam, isso  eu sabia. Um ''Sinto muito'' não ajudaria a trazer eles de volta, então já não permanecia triste, eu guardava a dor para mim.

- Morreram.- O tom seco da minha voz notava-se do outro lado da vizinhança, hipoteticamente.

Justin franziu as sobrancelhas, pondo uma de suas mãos em meu ombro. Deus, aquele garoto estava queimando. Me recordou da temperatura quente das mãos que me puxaram para a escuridão em meu pesadelo, não sabia ao certo a temperatura, mas tinha certeza que era tão quente quanto a pele desse rapaz. No entanto, os peles de meu corpo se eriçaram, como se uma brisa fria batesse contra o meu corpo. Um arrepio atravessou minha espinha, trazendo uma sensação de desejo. Eu queria ele, eu ansciava por sua pele junta a minha. Deus, por favor. Lamentava, eu havia acabado de conhecê-lo! Era isso que me faltava, sexo? Olhei-o, estava alarmada. Ele recolheu a mão, respirando fundo.

- Meus pêsames.- Murmurou ele, baixando o olhar.

Não respondi, lavando minha tigela em poucos minutos. Ele apenas acompanhava meus movimentos, analisando-me. Tentei ignorá-lo, era impossível ignorar um garoto lindo ao seu lado. Parecia uma adolescente sedenta por sexo. Balancei a cabeça negativamente. Era mesmo uma vadia desvariada.

- O que há...?- Perguntou ele, um pouco desorientado.

Respirei fundo, pronta para um ataque de fúria.

- Chega de perguntas. Eu não te conheço e você  não me conhece! Pra que está interessado em mim? Garotos como você não se atraem com garotas como  eu!- Exclamei, irritada.

Joguei o pano de prato na bancada, dando ás costas a ele.

- Desculpe, não queria irritá-la.- Disse  ele, abrindo um sorriso em seus lábios.

O que? Ele estava se divertindo á minha custa? Iria dar um basta, e já. Ele era lindo, quente e excitante, mas não iria deixá-lo debochar de mim daquela forma.

- Olhe, quando meu tio chegar eu te aviso.- Disse a ele, direcionando a saída. Logicamente, sem tocar na sua pele fervente.

Justin nada disse, deixando-se ser levado por mim. O que era bom para minha pessoa, não estava sendo fácil reagir com ele. Quando chegamos a porta, e a abri, ele se virou para mim. Ele me pareceu mais alto e sombrio. Meus peles se eriçaram novamente, senti um nó na garganta. Eu sentia medo. Seus olhos pararam nos meus, frios e calculista.

- Se fosse você, não reagiria dessa forma.- Sua voz tornou-se mais grossa, como um grunhido. Era ameaçadora.

Minha respiração falhou, eu me sentia uma garota da universidade diante de um assassino. Não, era bem pior. Que voz era aquela? Sam, apareça. Era o que mais desejava no momento, não queria ficar sozinha com Justin nunca mais. Não com aquela voz ameaçadora em meus ouvidos, como um grunhido de um animal extremamente perigoso. Desta vez, não consegui desviar o olhar, ele me olhava como uma fera esperando por seu bote, sentia-me hipnotizada. Seu sorriso alargou-se, seus dentes aparentavam estar mais brancos, mais afiados...

 - Seu pesadelo acabou de começar, faço parte de voz. Quando acha que está segura... Estarei ao seu alcance, e nesse tempo... Não adianta rezar e nem recorrer á qualquer pessoa. Sua alma, me pertence.- Sua voz era um grunhido baixo, próxima ao meu ouvido.

Seus olhos eram vermelhos, como sangue. Minha boca se abriu como se fosse gritar, mas nenhum som fora reproduzido. Tentei não parecer apavorada. Não tinha medo da morte, mas com aquela criatura, só esperava o pior. Minha alma, ele dissera que minha alma era dele. Deus, tire esse garoto daqui.

- Não tenha medo, não lhe farei mal.- Sua voz voltou ao normal, como um jovem que havia falado comigo esta manhã.

- Saia daqui.- Minha voz pareceu rouca.

Não, era coisa  da minha cabeça. Este garoto não poderia me fazer mal, ele estava blefando. Como se lhe fosse permitido, ele pegou em meu rosto, fitando-me. De repente, seus olhos ganharam totalmente a coloração vermelha.

* Hipnotização Onn*

'' Esqueça dos cinco minutos atrás, esqueça de minha ameaça e de minha forma demoníaca. Nada lhe farei a você, mortal, por hora'' Sua voz passou por minha mente, que a obedeceu de imediato.

* Hipnotização Off*

Minha mente pareceu confusa por apenas alguns segundos, logo, havia voltado a seu objetivo de segundos atrás. O que eu queria? Que aquele  garoto saísse porta a fora da minha casa. Ele queria saber demais e não e estava com paciência para ele. Meu corpo insistia que ele ficasse, que sua pele tocasse a minha de novo.

- Quando meu tio chegar, eu o aviso de sua visita.- Disse á ele, ao lado da porta.

Justin sorriu, erguendo uma sobrancelha.

- Não precisa, ele já chegou.- Disse ele, no mesmo instante, um carro preto estacionou na frente da casa.

Dei de ombros, deixando que o rapaz passasse por mim.

- Foi um prazer conhecer você, Emily...- Ele tocou meu ombro, virando as costas.

- Digo o mesmo, adeus.- Respondi-lhe, dando um sorriso. Em seguida, fechei a porta.

Respirei fundo e balancei a cabeça negativamente. Não podia estar acontecendo. Sim, eu estava gostando dele, ele me atraía  de diferentes formas. Tanto físicas como seu jeito de pensar. Eu precisava conhecê-lo melhor, mas...Ele era lindo, devia ter a garota que quisesse num piscar de olhos. Tinha que ser peculiar, diferente aos seus olhos para ganhar seu coração. Podia estar sendo egoísta, mas, ele tinha que ser meu.

- O que ele  queria?- Perguntei ao meu tio, quando ele finalmente entrou.

- Nada de mais, algumas informações do colégio, hmm.- Disse Sam, aparentando estar incerto.

- Há mais?- Perguntei á ele, olhando em seus olhos.

Ele deu de ombros, sentando-se na poltrona á minha frente.

- Preciso que dê uma saída essa noite, vou trazer alguém para cá...- Ele parecia sem jeito de me contar aquilo.

Sorri para ele, dando de ombros.

- Tudo bem, quem sabe saindo conheço alguém também?- Sorri mais confiante, batendo de leve em seu ombro.- Se divirta- Completei, caminhando em direção ao meu quarto.

Já tinha algo em mente, e com certeza, envolvia Justin Bieber.

Bruna.
E ai amores, o que acharam? Bem, o Justin, que é um criatura sobrenatural, tem diversos poderes. Então não fiquem confusas e sempre avisarei quando forem usados. Qualquer dúvida, comentem. Só saberão que criatura o Justin é ao longo da Fic. Fiquem atentas u.u  

Sarah, você é uma fofa. Pode deixar que vou continuar postando HAHA. 

Beijos e continuem acompanhando.

Um comentário:

  1. Omg,isso esta tão perfeito *u* adoro todo esse meio que mistério *u*
    Pensei em vampiro... k
    Awn,valeu pelo elogio *u*

    ResponderExcluir