quinta-feira, 5 de julho de 2012

Capítulo 38 Grávida? Não mesmo! | Penitenciária - Justin's POV

– Bem, eu vou pedir alguns exames para ter certeza, mas de acordo com os sintomas e o atraso menstrual, existem grandes possibilidades de você estar grávida.
Engasguei com a própria saliva.
Grávida? Não mesmo!


– Venha, tire a roupa, vista isso e se sente ali. - Ela disse me entregando uma roupa e apontando em seguida para uma cadeira estranha, daquelas que as ginecologistas usam para te cutucar.

...

– Isso é maluquisse, eu não posso estar grávida! - Eu disse a Corey quando já estávamos no carro.
– Como não? Você e Justin não estão transando? É claro que não é maluqisse, pode acontecer. - Corey disse revirando os olhos.
– Corey, cale a boca, diriga e deixe eu me convencer de que isso não é verdade. - Eu disse irritada e ele riu pelo nariz.
– Mas me diga, vocês usavam camisinha ou você tomava anti-consepcionais? - Ele perguntou ignorando o meu pedido.
– No início eu tomava anti-consepcional, mas depois eu relaxei e nós nunca usamos camisinha, Justin não gosta. - Tudo bem, eu não me reconheci falando sobre sexo assim, abertamente, com Corey, era estranho, mas ele fazia parecer confortável de algum jeito.
– Então, ainda assim você acha que é maluquisse da doutora? - Corey perguntou me olhando por um momento e depois voltando a olhar para a pista.
– É. - Eu disse e a certeza que eu tinha já tinha ido para o espaço. Corey estava certo, era maluquisse minha, não da doutora.
– Aonde você quer comer? - Ele perguntou mudando de assunto bruscamente.
– Sei lá, vamos no Gurth Reab? - Sugeri.
– Tá, vamos pra lá. - Então Corey acelerou e começou a dirigir feito um doido, de novo.
– Por que você faz isso? Eu fico tonta. - Eu disse me segurando no banco enquanto ele ainda dirigia. Ouvi ele rir pelo nariz e desacelerar um pouco.
– Tá melhor agora, bebê? - Perguntou com tom de zombaria e eu revirei os olhos.
– Bem melhor. - Eu disse respirando fundo.
Chegamos, enfim, ao restaurante e eu desci cambaelando, ainda estava tonta e sentia meu estômago tentando falar comigo, pura fome.

....

Justin's P.O.V

Aquele maldito!
Se não fosse pela armação de Ryan eu nunca estaria aqui, preso em uma gaiola gigante com esse bando de louco que se dizem bandidos, o lugar certo pra pessoas como eles é o hospício, com certeza.
Eu estava preocupado, já estava há algumas horas ali dentro e logo todos nós que estávamos presos seríamos transferidos para a penitenciária, eu precisava ver Jessica antes disso, eu mesmo queria dizer a ela que eu seria levado à outro lugar, já sobre Nolan, bem, eu não iria contar, não queria que ninguém ficasse paranóico em relação a ele, é só o Nolan.
Comi a delícia que Lary levou pra mim na hora do almoço e recebi a notícia de que Jessica estava vindo logo depois que saísse do hospital e almoçasse com Corey.
Acho que qualquer um poderia imaginar a minha reação, quer dizer, ninguém conseguiria imaginar o que eu realmente pensei.
Como assim hospital?
Ela está doente?
Será que vai sobreviver?
Fiquei aflito na cela até que um carcereiro vinhesse me avisar que eu tinha a visita de um casal, provavelmente ele quis dizer que era um homem e uma mulher.
Saí pelo corredor do cácere, algemado obviamente, e logo entrei em uma sala com três cadeiras, o guarda tirou as algemas e eu pude me sentar e esperar o tal casal.
– Justin. - Uma voz conhecida disse e logo eu senti meu pescoço sendo enforcado.
– Para com isso, Jessica, você vai matar ele. - Um homem falou e logo ela me soltou, então percebi que o tal homem era Corey.
– Fala aê cara. - Eu disse me levantando e fazendo um toque de mãos com ele.
– JB, precisamos conversar. - Corey disse se sentando enquanto eu dava um beijo rápido em Jessica, só pra matar a saudade.
– O que houve? Larry me disse que a Jessica estava no hospital. - Eu perguntei franzindo a testa e vi Jessica revirar os olhos.
– Que exagero, não era um hospital, foi uma clínica. - Jessica explicou.
– Não importa, é pra esses dois lugares que as pessoas vão quando estão doentes. O que você tem? - Perguntei começando a me irritar.
– Fique calmo, Justin, eu não tenho nada, foram só umas tonturas. - Ela disse dando de ombros e Corey a encarou.
– É, umas tonturas, uns vômitos, uns desmaios, um bebê... - Ele disse como quem não quer nada.
– Como é? Um bebê? - Eu confesso que fiz careta, não é algo que se ouve todo dia.
– Olha é só uma suspeita, nada demais. - Jessie disse.
– Como nada demais? Você pode estar grávida e isso... Não, eu nem sei o que pensar. - Eu disse me sentindo totalmente perdido. Qual é, eu sou muito novo.
– Tudo bem, eu tenho que te falar algo logo. - Corey disse mudando de assunto.
– Tá, fale. - Eu disse respirando fundo.
– Eu falei com meu primo e ele disse que vai deixar uns guardas de olho em você, sabe, pra que Nolan não se tente nada. - Anta! Eu disse a ele que não queria que ninguém soubesse sobre Nolan.
– Porra, cale a boca. - Gritei irritado.
– Eu já sei de tudo, Justin. - Jessica disse e eu olhei pra Corey.
– Christian contou, não eu. - Corey disse se justificando e eu respirei fundo, tentando pensar no que dizer pra explicar tudo a Jessica, ou pelo menos despistá-la.
– Então, Justin, por que Nolan tentaria algo contra você? - Ela perguntou e eu suspirei passando as mãos pelos cabelos, já sabendo o que dizer, por mais rude que fosse soar, esse era meu jeito.
– Não te interessa. - Falei sério e me levantei. Andei até a porta, onde um guarda me esperava com as pulseiras mais confortáveis do mundo.
– Espera, Justin. - Ouvi Jessica gritar e logo me segurar pelos ombros. - Eu preciso saber se você vai ficar bem, eu...
– Fique calma, vaso ruim não quebra. - Eu disse mais calmo, tentando tranquilizá-la.
– Não fale assim sobre si mesmo, não importa o que você faça, você ainda é o melhor pra mim. - Ela disse e eu me virei indo embora e a deixando pra trás.
Eu não entendo o porquê de ter saído dali, eu acho que foi só porque eu não tinha o que dizer pra ela, era coisa demais pra escutar e eu não queria retribuir, eu não gostaria de retribuir.
Entrei na cela que dividia com mais quatro caras, um deles era um garoto de dezesseis anos preso porque foi pego dirigindo sem habilitação e não teve dinheiro pra pagar fiança ou se desculpar por ter agredido um dos policiais.
O resto da minha tarde foi uma verdadeira merda, eu me senti arrependido por ter deixado Jessica a ver navios mais cedo, assim que entrei naquela gaiola gigante, e eu não sabia como me desculpar com ela depois, na verdade eu nem sei se eu queria me desculpar.
Eu não acho que eu tenha errado com o que eu fiz, mas ela é meio sensível e não está acostumada com meu jeito de agir, apesar de que, se ela quiser passar o resto dos dias comigo vai ter começar a ser familiarizar com meu jeito rude de ser.Já estava escuro e eu estava entediado, cansado de olhar aquele garotinho chorando como um bebê, eu estava prestes a me levantar e dar uns bons socos pra ver se ele aprendia a ser homem, mas assim que eu me levantei os guardas chegaram pra nos transferir.
– Fiquem em fila. - Um cara disse firme enquanto abria a cela e eu revirei os olhos caminhando até o meio do cubículo.
– Por favor, meu pai não pode me deixar aqui, me deixe ligar pra ele de novo. - O cara falou chorando e eu bufei me sentindo extremamente irritado com a situação.
– Cale a boca e coloque as mãos pra frente. - Um dos guardas disse enquanto outro colocava algemas presas com correntes em mim, fazendo com que todos ficássemos ligados.
Começamos a caminhar junto de outros caras que estavam em outras celas, e o garoto gritava e pedia pra ir embora, foi nessa hora que um dos guardas revelou que o motivo da prisão não foi exatamente dirigir sem habilitação ou agredir um policial, mas sim um estupro seguido por agressão em uma adolescente de treze anos, e foi nessa hora também que outro guarda disse que "o belo garoto de olhos azuis" iria ser o mais novo lanchinho dos lobos famintos da penitenciária.
Bem, depois daquela terrível revelação -para o garoto-, eu nem preciso contar como foi o caminho até a penitenciária, o tal Taylor chorou como uma criança esfomeada e eu estava pronto pra bater nele, mas antes ouvi ele dizer algo que me fez lembrar o cara que eu deveria chamar de pai.
– Talvez se eu tivesse alguém que realmente se importasse e prestasse atenção em mim, eu não teria cometido todos esses erros.
Foi então que eu percebi o quantos nós éramos parecidos, quero dizer, eu não sairia chorando por aí feito um doente mental -a menos que minha região traseira estivesse condenada, o que era o caso de Taylor-, mas do mesmo jeito era algo meio exagerado, contando com a cara de viadinho que ele tinha, provavelmente o garoto era acostumado a ser enrabado, tudo aquilo era charminho.
Chegamos ao tal local e era realmente grande, as guardas nos desceram e nos levaram até um lugar lá dentro, tudo estava molhado e tinham alguns caras saíndo dali vestidos como garis ou austronautas fãs de restart pela cor chamativa do uniforme laranja que vestiam.
Ficamos em fila indiana, de frente pra um cara baixinho de bigode, muito parecido com Hitler, as algemas foram abertas e agora estávamos soltos de uma forma.
– Bem-vindas bonecas. - O anão falou e eu revirei os olhos discretamente.
– Elas não são lindas? - Um dos guardas que nos levou pra lá perguntou.
– Parecem fadas. - O cara correu os olhos por todos nós e sorriu pra mim enquanto se aproximava. - Olhe para esse rosto.
Conti a vontade de socar aquele merda e o encarei nos olhos seriamente, mostrando o quanto aquilo me desagradava.
– E olhe só essa pequena. - Ele falou olhando para o garoto ao meu lado que agora chorava em silêncio. - Por que está chorando mocinha?
– Por favor senhor, me deixe ligar pro meu pai mais uma vez, ele vai me ouvir dessa vez. - O garoto implorou e eu revirei os olhos.Inocente.
– Que tal falar com um dos presos lá dentro? Talvez a sua linda boqueinha possa pagar um ligação e eu garanto que você consegue mais com essa bundinha de garota. - O homem disse depois de soltar um risada.
– Mas que droga! Me deixe ligar pro meu pai. - O garoto gritou agoniado e eu me perguntei se ele estava enlouquecendo.
– Não é certo gritar com uma autoridade, sabia? Quer que eu aumente seu tempo aqui? - O pequeno aprendiz de Hitler disse e o garoto negou veemente.
– Não, eu peço perdão de joelhos, não aumente meu tempo. por favor. - O garoto disse se ajoelhando e o Hitler o olhou sorrindo maldosamente de lado.
O homem deu um tapa forte no garoto que quase cai pro lado, mas que foi segurado pelo cabelo.Hitler, como vou chamá-lo já que não sei o nome daquele nazista iniciante, abri o cinto e em seguida a calça, logo ele estava com aquela coisa -que eu preferi não olhar- pra fora.
Ouvi Taylor grunhir e logo um barulhinho me chamou a atenção, eu não aguentei e olhei. O homem mijava sobre o rosto do garoto que agora chorava alto e implorava para que o homem parasse.
– Você fala demais, garota. - O homem disse reprovando o garoto. - Abra a boca.
Taylor não obedeceu e recebeu um soco no rosto, logo ele estava com a boca totalmente aberta, recebendo uma boa dose de mijo fedorento.
– Chupe. - O homem ordenou e Taylor começou a chorar e recebeu um tapa na cabeça.
Com medo das consequências da desobediência, Taylor começou a fazer o que o homem pediu e eu preferi não olhar, agora eu estava bastante ocupado orando, pedindo a Deus pra me livrar daquilo, não era a minha praia, realmente.
– Como você é gostosa, vadia. - Hitler disse e eu senti meu estômago embrulhar.
Eu ouvia o som abafado do choro de Taylor e todos os outros caras pareciam estar fazendo o mesmo que eu, na verdade estávamos fazendo um tipo de corrente, mas era cada um por si.
O cara começou a gemer alto e eu fechei os olhos tentando não ouvir aquilo porque agora eu imaginava o meu filho passando por um humilhação daquelas e aquilo não era bom, eu estava me sentindo mal por não poder fazer nada, mas eu também estava temendo, não queria provocar o cara.
– Depois eu quero vocês na minha sala, meninas. - Hitler disse à mim, Taylor e outro cara. Em seguida o anão saiu dando a última ordem. - Não raspem a cabeça da minha jovem vadia, quero manter esse mato.
Suspirei pesado.
Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas eu queria muito ser gordo e feio, sabe, não queria ser atraente pra ninguém e eu sei que isso me salvaria da perda da minha virgindade traseira.
Bem, eu não pretendia permitir aquilo, na verdade eu queria matar o toco de gente, mas ainda não tinha nenhum plano em mente, eu só não iria ceder, nem que isso me matasse.
– Vamos cortar o cabelo, mocinhas. - Um homem disse ligando a máquina de cabelo e começando pela primeira pessoa; Eu.
Era estranho, agora eu parecia um ovo com pernas e eu me sentia feliz por achar que não estava bonito o suficiente pra agradar à Hitler. Que coisa maluca, quem diria que um dia eu estaria tão temente como estou aqui, mas as coisas mudam, eu só não pensei que mudariam pra mim também.
Os caras nos levaram para o meio daquele lugar e nos mandaram tirar as roupas, o que eu tive que fazer, já que eles tinham armas e só o que eu tinha eram meus dedos que não atiram, mas machucam o olho se enfiado no mesmo.
A noite estava fria e a água também, os dois homens estavam nos molhando como se fossemos plantas e não era muito agradável ter homens pelados abraçando meu braço pra se proteger da água e pra se esquentar.
– Agora fiquem aí e sequem. - Um homem ordenou e sorriu maldoso enquanto saía com os outros guardas.
Ficamos em média meia hora pelados no frio, quando respirávamos saía fumaça de nosso lábios e isso provava o quão baixa a temperatura estava àquela noite e naquele momento de silêncio eu começei a lembrar de Jessica e do fato de ela ter ido à uma clínica naquela mesma tarde.
Eu estava confuso, ela poderia estar com uma doença terminal ou poderia ter sido só exames de rotina, o fato era que eu estava sentindo algo novo naquela hora, algo que talvez eu nunca tivesse sentido antes e que eu não sabia ao certo o que era, mas eu estava preocupado com ela.
Os caras voltam com nosso fardamentos de garis e nos mandou entrarem outro lugar onde nos vestimos sem roupas íntimas, apenas aqueles macacões.
Taylor não chorou mais o que provou a minha tese de que ele era só mais um viadinho encubado que adora rola e finge não gostar pra não deixar tão na cara, mas tinha algo nele que me incomodava, ele parecia triste e pensativo, não que eu me importasse, mas eu não estava conseguindo conter a vontade de saculejar ele pelos ombros e dizer: "Se você gosta de pica não precisa ter vergonho, é só agarrar um cara qualquer por aí e mandar ver", na verdade, eu queria que ele recebesse tudo no meu lugar, porque eu ainda não tinha um plano melhor pra me livrar dessas terríveis coisas de cadeia.
Fomos direcionados a pequenas celas, com uma beliche e um banheiro que só cobria do peito pra baixo.
Infelizmente, eu tinha que dividir o quarto com Taylor e aquilo era ruim, mas também era bom. Bom porque sempre escolheriam ele, já que o garoto é mais novo e tem cara de garota, eu ouvi dizer que os presos adoram caras que parecem garotas, principamente se tiverem sido acusados de estupro. E o lado ruim é que como estamos juntos os caras podem inventar de fazer um menage e isso não seria nada bom.
– A cama de cima é minha. - Eu disse colocando minha roupa antiga em cima da dita cama e ecarando o garoto de cabeça baixa que não respondeu.
Revirei os olhos e toquei o ombro dele que me olhou meio assustado.
– Qual é, admita que você gostou do Hitler, não é crime ser viado. - Eu o tranquilizei, ou pelo menos tentei.
– Eu não sou viado. - O menino disse irritado.
– Mas sabe chupar um pau. Como você aprendeu? Chupando banana? Pepino? - Perguntei sartcástico.
– Eu assisto muito pornô. - Ele disse e eu me interessei na hora.
– Qual o seu favorito? - Perguntei.
– Bateram Na Porta - As Visitas De Lortta. - Ele disse e eu sorri de lado.
– Esse é foda! A Lortta é uma delícia, não? - Eu disse e ele assetiu desenhando o corpo dela no ar.
–Me chamo Taylor Blurrie. - Ele disse.
– Justin Bieber. - Eu disse me sentando na cama dele e logo o vendo sentar ao meu lado, um pouco distante. - Sabe, a minha mulher parece com ela.
– Você é casado? - Taylor perguntou e eu repensei o que eu disse.
– Ahn, não eu só...
– Ela é uma vadia, certo? - Taylor peguntou me interrompendo.
– É. - Respondi meio sem certeza.
Quero dizer, não era certo chamar ela de vadia, ela estava cuidando do meu filho, então ela era mãe dele e agente agia como um casal, embora não sejamos e nem seremos, mas eu a respeitava.
– Está preparado pra amanhã? - Perguntei mudando de assunto.- Eu adoraria que você me sufocasse com o travesseiro até a morte, só pra não precisar acordar amanhã e encarar aqueles caras. - Taylor disse se jogando na cama e eu me levantei.
– Relaxe, cara, vocè pode até ser muito fodido amanhã, mas ninguém está tão fodido quanto eu. - Eu comentei me lembrando que Nolan estava lá e assim que soubessem da minha chegada eu seria um homem morto, ou quase isso.

O que estao achando?

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