terça-feira, 10 de julho de 2012

Capítulo 48 É um adeus para o mundo?

Que droga estava acontecendo?
Como assim Martin estava vivo? Eu tenho certeza de que matei aquele desgraçado.
E que história é essa de Ryan e Nolan? Eles estavam juntos agora?
E os meus filhos, onde estavam e pra onde ele os levaria?
E a Jessica, o que vão fazer com ela?
Eu precisava fazer algo, mas não sabia por onde começar.
Guardei o celular e desci as escadas, logo encontrando Chris e Lindsay conversando no sofá.
– Vem comigo, Christian. - Disse e passei direto pela porta, ouvindo Christian correr atrás de mim.
– O que foi? Tem notícias de Jessica? - Chris perguntou.
– Eu não sei bem, mas Martin está com ela. - Disse avistando Kenny na calçada, observando a rua.
– Você quer dizer Marcos, não? - Christian perguntou confuso.
– Ao que parece, não. - Disse e andei mais rápido.
– E aí, Biebs. Alguma novidade? - Kenny perguntou e eu assenti.
– Martin está com a Jessica em algum lugar. - Disse esperando que ele tivesse alguma idéia de como iríamois atrás dela sem nem ter um carro por perto.
– Marcos. - Kenny me corrigiu.
– Não Kenny, eu disse Martin. - Respirei fundo. - Não sei como, mas ele está vivo.
– Isso deve ser um truque, Justin. Você me disse que tinha certeza de tê-lo matado. - Christian disse incrédulo.
– Eu sou muito inútil. Eu tinha certeza de ter matado Ryan, mas ele está vivo e... E agora o mesmo aconteceu com Martin, só o que falta agora é descobri que Brandon também não morreu. - Eu disse irritado, me sentindo extremamente incapaz de fazer algo certo.
– Calma Justin, pode ter sido o Marcos ou até mesmo um plano de Nolan. - Kenny disse me vendo coçar a nuca e bater o pé sem parar.
– Mas e se não for? E se aquele desgraçado estiver vivo? Se ele tiver pego a Jessica e as crianças? - Perguntei.
– Tudo bem, você precisa se acalmar se quiser ajudar. - Kenny disse e eu assenti.
– Vamos pegar um táxi até o aeroporto e de lá nós vamos andando até o galpão para pegar um carro. - Christian disse pegando a carteira.
– Precisamos de mais pessoas. - Kenny disse.
– Vou chamar o Larry, o James, o George e o Robert. - Eu disse.
– Eu chamo eles e você fica aqui Justin. Precisa poupar energia, não esqueça de que ainda não está cem por cento bem. - Kenny disse e eu revirei os olhos.
Peguei o celular e liguei para um táxi enquanto observava Christian olhar sua carteira, tirando dinheiro e alguns tickets. Minutos depois estávamos os sete esperando o carro, logo o táxi -com lugar para oito pessoas- chegou e todos entramos, seguindo assim para o aeroporto.
Christian se comprometeu a pagar a corrida e em poucos minutos o táxi parou em frente ao aeroporto.
– Vocês podem esperar aqui, eu e George vamos pegar os carros. - James disse e todos assentimos, vendo os dois saírem correndo.
– Por onde agente começa a procurar? - Perguntei passando a mão pelo cabelo.
– Eu não sei, que tal... - Kenny parou de falar ao ouvir meu celular tocar.
– É ele. - Sussurrei para os caras enquanto pegava o celular do bolso e levava ao ouvido, o atendendo.
 Fala aê, Bieber!– A voz de Nolan soou animada.
– Seu filho de uma puta! Como você tem coragem de tocar nos meus filhos? - Perguntei irritado.
 Calma aí, eu não peguei seus filhos, o Martin pegou. - Nolan disse como quisesse sair por fora. Suspirei.
– Cara, por favor, eu não me importo de morrer, mas não toque nos meus filhos. - Senti um nó na garganta ao dizer isso e sentir que eu estava a ponto de desmoronar emocionalmente.
 Não vai ser tão fácil, primo. Nós queremos jogar um pouco.– Nolan riu e então ouvi alguns barulhos desconexos no fundo.
 Sobrinho?– Outra voz disse no lugar da de Nolan e eu reconheci ser de Martin.
– Para de me chamar de sobrinho, você não é meu tio! - Respirei fundo tentando me acalmar. - Martin, eu estou implorando, cara, deixe a Jessica e os meus filhos em paz. Eu prometo ficar no lugar deles, só não os machuque.
Estava sendo difícil me segurar e eu queria ser forte por meus filhos, mas saber que eles estavam vuneráveis às loucuras daquele quarteto de gente doida me fazia sentir tão impotente, como se eu não fosse capaz de cuidar da minha família.
 Eu não confio em você. Se eu te disser para vir sozinho, certamente você vai tentar armar alguma coisa.
– Eu te juro que não, Martin... Por favor.
 Oh não, você está mesmo chorando, filho?– Nolan riu e eu apertei os olhos ao ouvir o choro de Harry.
Eu tive vontade de xingar e ameaçar aquele desgraçado, tive vontade de jogar o celular no chão e bater no primeiro que eu visse, mas eu precisava ficar calmo, pelo bem dos meus filhos, eu tinha que me controlar.
– Me diga o que você quer e eu te dou. - Passei a mão pelo rosto enxugando as lágrimas e tentando me concentrar.
 Isso está ficando interessante... Faz um bom tempo que não nos vemos e eu quero ver como meu garoto está.– Martin disse como um parente que sente saudades e eu trinquei os dentes.
 Aonde eu devo ir? - Perguntei tentando encurtar a conversa.
– Vejo que também está ansioso para encontrar comigo, filho. Vamos fazer assim, você se lembra de onde nós conversamos pela última vez? O lugar aonde você achou ter me matado.
– Eu lembro. - Respondi.
 Nós podemos nos encontrar lá em duas horas.
– Por que esperar tanto tempo? Eu posso ir até lá agora. - Disse.
 Não, não. Nós já esperamos tanto tempo para nos vermos. Por que não esperar um pouco mais?– Martin riu e Harry ainda chorava.
– Tudo bem, em duas horas eu te vejo lá.
 Só um aviso: vá sozinho ou diga adeus pra sua família.
E então Martin desligou.
Massageei minhas têmporas com uma das mãos e encarei os caras.
– Essa batalha é minha, irmãos.
Kenny me encarou e eu me manti firme.
– O que aconteceu, Justin? O que ele disse? - Kenny perguntou segurando meu braço.
– Não importa, Kenny. Eu vou pegar a Jessica e os meninos, mas eu quero fazer isso sozinho. - Disse pegando uma das duas armas que ele carregava na cintura.
– Eu não vou te deixar fazer uma loucura dessas. - Kenny disse me encarando duramente.
– Nem você e nem esses caras vão me impedir de pegar de volta o que Martin tomou de mim e o que eu mesmo fiz questão de afastar. - Senti meu olhar vacilar ao me lembrar do olhar de Jessica me dizendo que não queria estar perto de mim, mas tentei parecer decidido para Kenny.
– Você os ama, não é? - Kenny perguntou suspirando e suavizando a expressão.
– Eu não faria isso se não os amasse. Eles são meus filhos. - Eu disse.
– E a Jessica? - Kenny perguntou mais uma vez.
– Pode ser um pouco tarde pra admitir, mas... Eu amo aquela garota. - Sorri de lado por ter tido a coragem de admitir aquilo na frente de alguém e logo senti Kenny me abraçar.
– Agora eu sinto que você é um homem de verdade. Eu só te peço que quando tudo acabar, você diga isso a ela. - Kenny disse e eu assenti vendo George e James chegarem com dois carros.
Andei até o carro que George dirigia e pedi para que ele decesse, logo entrei e fechei a porta, engatando a marcha.
– Aonde você vai? - James perguntou saindo do carro onde estava e correndo para perto de George.
– Mudança de planos, rapazes. Agora é comigo. - E então acelerei o carro, saindo dali o mais depressa possível.
Eu sabia que estava cedo, mas eu precisava pensar e como o caminho era longo, eu teria tempo de sobra pra isso.
Eu só te peço que quando tudo acabar, você diga isso a ela.
As palavras de Kenny rodavam minha mente enquanto eu tentava conter as malditas lágrimas que desciam.
Eu não queria morrer, mas se morrer fosse o único jeito de salvar minha família, eu certamente faria.
Pode parecer loucura, mas acho que eu estava pagando por meus pecados, isso geralmente acontece quando se está arrependido e acho que minha cota seria paga naquele dia.
Depois de muito tempo na estrada, parei no ferro velho onde Martin havia matado minha mãe e onde eu achei que tinha o matado.
As coisas não estavam claras para mim porque há algum tempo atrás eu tive um encontro com Marcos e é estranho ele não ter me dito que Martin estava vivo, talvez ele também não soubesse disso, mas ainda assim aquilo não fazia sentido.
Desci do carro e me encostei no capô, fechando os olhos e começando a pedir perdão dos meus pecados para Deus, afinal, se eu morresse não queria ir para o inferno.
Não sei quantos minutos se passaram, mas minha longa oração foi interrompida pelo barulho de carros chegando.
Senti meu coração gelar e a cor sumir do meu rosto.
Abri os olhos e desci do capô, vendo Nolan descer do carro seguido por Ryan e Martin. E então os três vieram em minha direção enquanto Camila, Jessica e Harry também desciam do carro, mas ficavam por ali mesmo.
– Até que enfim. - Martin disse parando na minha frente.
– Cara, deixe a Jessica ir logo com os meninos, eu... - Comecei, mas fui interrompido por um tapa no rosto.
– Você está sendo apressado, uma coisa de cada vez. - Martin disse mandão.
– Desculpe. - Disse baixo.
– Vamos começar do início, eu acho que você merece saber de tudo antes de fazermos a troca. - Martin disse e os dois que o acompanhavam só assentiam e sorriam como verdadeiros babacas.
– Saber de quê? - Perguntei e recebi outro tapa.
– Primeiro vamos falar sobre Pattie, a doce e adorável Pattie. Deve ter sido difícil pra você perder sua mãe tão cedo, garoto, mas foi para o seu bem. Ninguém poderia ser bem-sucedido no negócio que eu queria que você comandasse se tivesse uma família. - Martin começou e prendi o ar ao ouvir o nome de minha mãe. - Segundo eu quero te falar sobre mim, porque você deve está perguntando o que fez de errado e porque eu estou aqui. Bem, você deve lembrar de um encontro que teve com meu irmão há algum tempo. - Assenti. - Pois bem, eu tenho uma novidade, aquele não era meu irmão, era eu.
– Como é? - Perguntei exasperado.
– Eu matei Marcos um tempo depois de você ter atirado em mim e saído de lá achando que eu estava morto, então eu assumi o lugar dele pra ficar mais fácil de circular por aí sem ter o perigo de ser pego por um de seus homens.
– Tudo bem, eu não quero saber sobre coisas do passado, Martin, eu só quero que você deixe a Jessica e os garotos irem. - Eu disse.
– Você acha que eu vou machucá-los, não é? - Ele perguntou com um sorriso maníaco, mas eu não esbocei reação nenhuma, fazendo com que ele risse.
– Tem mais uma coisa que você precisa saber. Sua mulherzinha é uma incestuosa, sabia? Transou com o próprio irmão. Que feio!
Olhei para Jessica que segurava Harry nos braços e chorava abraçada à ele enquanto Camila segurava um bebê e Byron segurava outro bebê.
– Do que você está falando? - Perguntei sentindo um nó em minha garganta e Martin riu virando de costas pra mim.
– Vem cá, filha. - Ele a chamou e Jessica andou até nós.
– Conte à ele. Jessica me olhou por alguns segundos e eu senti meu coração diminuir ao ver a quantidade de olheiras que ela tinha e o quão vermelhos seus olhos estavam.
– Ele... - Jessica começou, mas se engasgou com o choro fazendo Martin suspirar e pegar Harry do colo dela. - Ele é meu pai, Justin.
Eu nunca fiquei tão chocado em minha vida.
Nem quando descobri que Martin estava vivo ou que Camila estava grávida.
Jessica voltou a chorar e Martin devolveu Hary para ela.
– Que história é essa? Como ela pode ser sua filha? É impossível! - Eu disse incrédulo vendo ela se afastar.
– Eu tenho que concordar com você, filho. - Martin disse pensativo e logo sorriu. - Mas a Carly era minha segunda mulher, assim como Camila era pra você, e eu tive que escolher entre Carly e Sharon, então optei por Sharon já que ela estava grávida de um menino... Eu sempre quis ter um filho homem. - Martin sorriu. - Aí Ryan nasceu e algum tempo depois eu descobri que minha amiga Pattie, uma pessoa que eu não via desde que se envolveu com Jeremy, havia acabado de romper com ele e havia acabado de dar a luz à um menino, meu segundo filho.
– Eu já disse que não sou seu filho. - Eu disse tentando não chorar diante da situação.
– Tanto faz, eu ajudei a te criar, portanto você é meu filho. - Martin deu de ombros e continuou sua história. - Um belo dia descobri que Sharon sabia sobre Carly e era amiga dela, então eu fui atrás delas e, bem, descobri que Jessica estava com você. Eu tive que matar Carly com a ajuda de Ryan e depois decidi pegar o que era meu de volta. - Ele olhou para Jessica. - Mas eu percebi que ela nunca me pertenceu, eu fui um tipo de banco de esperma porque Jessica não me conhece como pai e nem Ryan como irmão, é tanto que eles já transaram debaixo do seu teto... Eu sei que é complicado, filho, mas eu realmente queria que tudo desse certo, eu realmente queria que você não tivesse tentado me matar, então tudo seria diferente hoje. Nó teríamos montado um grande império e você não teria sido preso, Carly estaria viva e minha Jessica estaria feliz com um namoradinho qualquer.
Meu olhar caiu e eu passei a encarar o chão, não conseguia evitar de chorar e me senti um fraco novamente por estar deixando todos verem o quão abalado eu estava.
Na verdade, uma palavra que me definiria seria: confusão.
Não havia realmente entendido o que Martin disse, mas não importava, agora eu sabia que Jessica era filha do meu pior inimigo e que seu eu não tivesse me vingado de Martin -ou ao menos feito o serviço direito-, a mãe da Jessie estaria viva e talvez eu não tivesse estragado a vida dela.
Eu era culpado pela dor dela, eu era culpado por tudo aquilo e tinha certeza de que merecia a morte mais do que tudo naquele momento.
– Ah, você vê aquele caras segurando seu filho lá atrás? - Martin perguntou e eu levantei o olhar para vê-lo.
– Byron. - Sussurrei para mostrar que já havio o reconhecido há algum tempo, afinal, eu tinha visto ele algumas vezes na infância. Byron sempre foi muito amigo de Martin.
– Vejo que lembra dele. Pois bem, ele passou um tempo 'namorando' a Carly, mas na verdade ele só estava estudando o terreno e foi útil ele ter feito cópias da chave da casa porque sem elas nós não estaríamos com minha filha e meus netos aqui. - Martin disse e eu olhei para baixo mais uma vez.
Que merda eu tinha feito?
Pode parecer injusto, mas eu sinto como se fosse minha culpa e a cada coisa que ele diz eu fico mais confuso e me sinto mais inútil.
– Vem cá, meu filho. - A voz de Martin soou arrastada e ele me abraçou, mas eu não movi um músculo, estava lento demais para pegar a arma da cintura e provavelmente eu acabaria acertando outra pessoa porque estava tremendo.
Martin se afastou e eu o encarei.
– Ajoelhe-se. - Ele mandou. - Fique de joelhos, Justin!
Continuei parado.
– Venha cá camila! - Ele a chamou e ela veio correndo com um dos bebês no colo.
– Ou ajoelha ou eu acabo com seu garotinho.
– Você não vai matar ele, é seu neto. - Eu disse seguro.
– Pra mim ele é só mais um bebê, assim como Jessica é só mais uma garota, eu não os vejo como sangue do meu sangue. - Martin disse. - Agora ajoelha!
Ajoelhei e continuei o encarando.
– Foi bom te ver de novo e conversar com você. Foi bom ver que você se tornou um homem capaz de arriscar a vida pra salvar a namorada e seus filhos, mas sua hora chegou. Você precisa pagar por ter tentado me matar e matar Ryan. Eu prometo que vou cuidar direitinho dos seus bebês. - Martin sorriu e encostou a arma na minha cabeça.
Fechei os olhos.
Aquele seria meu fim?
Quero dizer, tudo se acabaria com aquele clima de novela mexicana?

O que estao achando?

 

5 comentários:

  1. jãsteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem, não deixa ele morrer pfvo né kkkkk salva meu tadinho, e continua logo plsssss

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  2. Jusssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss10 não morra, eu te amo ~lhe eu tremendo~

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  3. AAAAAAH sabe o que ele tinha que fazer antes, fala assim: ESPERA, JESSICA EU TE AMO, ia ser PERFEITO, mas ta perfeito de qualquer jeito OMB.

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  4. OOOOOOOOOOMB ;S ele nao pode morrer,tipo acho que a policia deveria chegar,ou o pessoal do Justin deveria chegar,ou entao a Jessica poderia fazer algo sei la '-' ele nao pode morrer

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