– Eu sinto muito por isso, Jessie. - Corey disse me olhando com pena e tristeza ao mesmo tempo.
– Tudo bem, não é culpa sua Corey... Por que Justin tem que ser assim? Por que ele tem que ser tão... tão imbecil? Ele não agente desaforo calado e isso é ruim, Corey, ele deveria pensar antes de agir. - Falei louca pra dar uns bons tapas em Justin, talvez ele aprendesse a não querer ser tão durão, mesmo quando sabe que não tem chances contra o inimigo.
– Justin foi criado assim, ele nunca foge de uma briga, é algo que ninguém além dele mesmo pode mudar. - Corey disse passando uma das mãos sobre meu cabelo.
– Eu não me conformo com isso. - Sussurrei abraçando meu corpo com mais força.
...
Alguns minutos depois o doutor voltou com os papéis da minha alta assinados, em seguida Corey decidiu com Kenny que eu precisava ir para casa, mas eu insisti em ficar, pelo menos até que eu desse uma olhada em Justin.
– Eu vou estar te esperando no carro, o Kenny te acompanha até lá depois. - Corey disse e eu assenti.
Kenny me acompanhou até o lugar de onde eu poderia ver Justin, na verdade, eu só o veria mesmo, porque eu não poderia entrar na sala por causa do meu estado de gestação, então eu tive que vê-lo pelo vidro.
Ele estava pálido e quieto, muito quieto. Usava um aparelho para respiração e tinham vários tubos perto dele.
Respirei fundo vendo a situação de Justin, era realmente lamentável, ele é um rapaz tão forte e agora ali estava ele, tão frágil e fraco. As coisas são loucas.
– Vamos embora, Jessie. Você poderá vir depois. - Kenny disse apoiando uma das mãos em meu ombro direito.
– Tudo bem. - Assenti e acompanhei os passos de Kenny até o carro
...
O tempo passou e eu começei a perder a fé. Justin não acordava e ele já havia passado por alguns procedimentos cirúrgicos, pois a faca perfurara seu pulmão e rim, ele nunca demonstrou nenhum tipo de reação que provasse seu estado de consciência e eu temia que nunca mais visse seus olhos me olhando de uma forma doce ou ouvisse sua voz me dizendo o que fazer.
Minha gravidez também não estava correndo bem, o médico havia dito que era uma gestação de risco e como eu já estava com seis meses, isso só aumentava. As preocupações com o estado de Justin, com a gripe de Harry e com o rumo que a fortuna de Justin estava tomando, não ajudavam em nada, na verdade os médicos diziam a todo momento que eu deveria relaxar e não me preocupar com esse tipo de coisas, mas era impossível.
Sim, já haviam se passado pouco mais de quatro meses desde que Justin havia se ausentado contra sua vontade. Ele já não estava na UTI, mas ainda estava em coma, eu pedia a Deus todos os dias para que Justin acordasse, mas eu sentia como se eu não estivesse sendo ouvida.
Harry se mexeu ao meu lado na cama e tossiu enquanto se agarrava ao meu cabelo que estava esparramado na cama. Sorri ao ver meu pequeno príncipe abrir os olhos azuis e me encarar de um jeito totalmente inocente, ele faria três anos em uma semana e eu sabia disso porque eu havia pesquizado sobre sua família na internet, então como eram pessoas influentes, lá estavam todas as informações precisas, inclusive, descobri que Harry não se chama Harry e sim Vlademir, o que me fez lembrar que preciso resgistrá-lo oficialmente em um cartório.
Peguei meu garoto no colo e o aninhei enquanto alisava seus finos fios loiros. Harry era doce demais, eu ainda me sentia culpada por tê-lo tirado de sua família, sei que ele é pequeno para entender e que não fui quem matou seus pais, mas ainda assim me sinto mal por ter que criá-lo nesse ambiente tão criminoso.
Sentia uma pontada na barriga e me assustei. Mais uma vez um dos gêmeos se mexeram, era sempre assim quando Harry se aproximava de mim, era como se eles sentissem. Sorri acariciando uma parte de minha barriga com a mão livre, mas meu sorriso se foi ao sentir aquela terrível dor novamente. Assim estavam sendo os últimos dias, os bebês estavam muito agitados e isso me causava sensãçoes horríveis, mas não era sempre assim porque eu me sentia feliz em saber que eu carregava duas vidinhas em meu ventre e logo logo, nós teríamos três crianças correndo pela casa, enquanto eu e Justin assístiamos tudo tomando uma boa chícara de café.
Justin.
Eu sentia tanta falta dele, as coisas deveriam estar boas agora, ele não deveria estar nessa situação, eu só queria que tudo estivesse bem e que ele soubesse sobre os bebês.
Por várias vezes eu tentei contá-lo, mas ainda não acreditava que ele pudesse me ouvir. De qualquer jeito, por todas as vezes em que eu parecia por lá, eu contava sobre mim, os bebês, Harry e várias outras coisas, só para que ele não se sentisse só. Pode parecer bobo, mas eu sentia como se fosse crueldade deixá-lo só, eu sentia que ele sabia que eu estava ali com ele, mesmo que não demonstrasse.
– Jessie? - Christian sussurrou colocando a cabeça para dentro quarto.
– Entre. - Sussurrei de volta e Chris fez o que eu disse.
– Você vai ver Justin hoje? - Ele me perguntou no mesmo tom baixo de antes.
– Sim, eu estou me sentindo melhor que ontem, então eu definitivamente vou vê-lo hoje. - Sorri e senti Harry se mexer em meu colo.
– E como ele está? - Chris acariciou a cabeça do bebê enquanto o olhava de um jeito meigo.
– Bem melhor. - Respondi sorrindo para o bebê que ainda dormia.
– Nós podemos conversar lá fora? Eu preciso te contar uma coisa e... Eu não sei como te dizer isso, então prefiro que estejamos longe do bebê.
Encarei Christian já pensando no pior. Ele parecia preocupado e nervoso, mas eu sentia que Justin estava bem.
– Tudo bem.
Coloquei Harry na cama e o cobri com o lençol. Levantei-me da cama com a ajuda de Christian e caminhei vagarosamente até o escritório de Justin onde pude me sentar no sofá confortável e fofo. Christian puxou uma cadeira e a colocou em minha frente, onde se sentou e juntou as mãos enquanto apoiava os cotovelos sobre os joelhos.
– Jessie, nós precisamos deixar a casa. - Christian começou.
– Como assim? Por quê? - Perguntei espantada.
– Nós não temos mais nada, a casa teve que ser vendida pra pagar os remédios, cirurgias, e estadia de Justin no hospital.
– Christian, Justin tinha milhões guardado, é impossível termos perdido tudo tão rápido. - Eu disse começando a me alterar.
– Nós não sacamos nada de negócios, Justin comandava tudo e você está grávida, não pode fazer as negociações por ele. Muitos de nossos caras morreram nos recentes confrontos com os homens de Ryan, o império dele cresceu com alguns milhões nossos... - O interompi.
– Como ele conseguiu nossos milhões? - Perguntei assustada.
– Justin ainda tinha contato com a vadia da Camila, sabe, ele é viciado nela, nosso cara não sabia que Ryan tinha conhecimento de tudo, ele achou que estava enganando, mas acabou sendo enganado. Ela conseguiu tirar dele a senha de uma de nossas contas no Japão, de algum modo. - Christian disse temeroso, depois de uma longa pausa.
– Ele... Ele me traiu... De novo? - Perguntei sentindo meu coração diminuir cada vez mais e lágrimas virem à tona.
– Isso é passado Je...
– CALA A BOCA, CHRISTIAN! LÁ VEM VOCÊ QUERENDO DEFENDER O JUSTIN DE NOVO... Vocês homens são todos iguais, TODOS! Sempre... Sempre encobrindo os erros um do outro... Eu... Eu pensei que Justin tivesse parado com isso. MAS QUE DROGA! - Gritei louca da vida.
Eu não me levantei porque me sentia fraca sempre que me emocionava demais, mas ainda tive força para jogar um telefone que estava jogado no sofá, em Christian que tentou se esquivar com a mão, mas não foi tão ágil assim.
– PORRA JESSICA! DÁ PRA SE CONTROLAR? VOCÊ SEMPRE SOUBE QUE JUSTIN NÃO É HOMEM DE UMA MULHER SÓ E ERA ÓBVIO QUE ELE NÃO MUDARIA POR VOCÊ. JUSTIN NÃO TEM JEITO, ENTENDEU? ELE NÃO PRESTA E NUNCA VAI PRESTAR, ASSIM COMO EU E TODOS MERDAS QUE MORAM NESSA CASA. - Christian explodiu se levantando da cadeira enquanto eu apenas chorava de ódio.
Depois de umas três respiradas, Chris pareceu se acalmar e olhou pra mim que ainda estava nervosa e falando coisas desconexas. Seu olhar se entristeceu e ele se sentou ao meu lado, me abraçando pelos omrbos e descansando minha cabeça em seu peito.
– Desculpe, eu só... Você precisa aceitar, Justin não mudou por você e eu sei que ele nunca vai mudar. Ele pode parecer mais amoroso e pode agir como se te quisesse mais do que tudo, mas você sabe, eu sei, ele sabe, não é verdade. Você pertence à Justin, mas ele... Ele é apenas um cara que precisa de todas.
Aquilo doeu. Ningupem imagina o quanto, mas doeu e eu preferia morrer do que ter que sentir aquilo de novo, a cada dia eu tinha mais certeza de que Justin não me amava e de que o meu amor por ele só crescia.
Vocês podem se perguntar: "Mas e seu amor próprio?"
E eu lhes digo: "Amar é dar sem receber, é algo incondicional."
E eu sei que há jeito para tudo, até pra morte, não importa o que eu precise fazer ou o quanto eu precise lutar por ele, Justin vai me amar, nem que seja a última coisa que eu faça na vida.
...
Naquela manhã, Christian me contou tudo o que ele sabia sobre a perda da fortuna e ele tinha razão, nós não tínhamos mais nada. Eu temia por Justin porque era possível que ele precisasse de mais alguma cirurgia ou coisas do tipo, mas não era hora de pensar nisso.
Eu pensei muito depois de minha conversa com Christian e vi que o que eu havia prometido a mim mesma era algo masoquista, quero dizer, que sentido faz viver sofrendo por amor se eu posso ser feliz apenas com meus filhos?
Eu não iria abandonar Justin agora, mas eu não queria mais nenhum tipo de relação afetiva com ele. Eu esperaria até que ele acordasse, contaria sobre os bebês, nós conversaríamos sobre a situação que estava se passando e então eu partiria para Londres onde minha tia avó Lucy morava.
Eu não tinha ido visitar Justin esses dias e eu não tinha certeza de que queria ver a cara dele de novo, eu sabia que era algo necessário, para o bem de todos, mas ainda assim não era um desejo meu.
A casa havia sido dado como o pagamento de uma dívida que os caras fizeram para tentar recuperar tudo e nós teríamos o prazo de um mês para arranjarmos outro lugar.
Não existiam mais capangas. Os únicos que sobreviveram ou quiseram continuar com Justin foram Corey, Kenny, Larry, Christian, James, George, Tommy e Robert. Isso quer dizer que mais de trezentos homens fugiram como ratos, eles não estavam ali por Justin e sim pelo dinheiro, não existia um vínculo que os prendesse ali e eu entendia o porquê de eles terem fugido.
É como dizem: "O diabo dá e o diabo toma."
O diabo deu tudo aquilo a Justin e agora ele estava levando tudo embora, se não fosse pelo amor e misericórdia que Deus tem para conosco, ele não estaria vivo, mas ainda assim ele estava naquele estado. Sabe, ele até que merece. Vocês sabem quantas mães, esposas, filhas e filhos choraram por terem seus parentes assassinados ou viciados em drogas? Boa parte da culpa era de Justin e ele estava pagando. Deus é bom, ele é amor, mas também é justiça.
...
Mais dois dias se passaram e à noite, o telefone tocou pela primeira vez naqueles quatro meses.
– Alô? - Atendi enquanto brincava com Harry no sofá da sala.
– Esse é o endereço do senhor Kenneth Hamilton? - Um homem perguntou.
– Sim. Algum problema? - Perguntei me ajeitando no sofá e colocando Harry ao meu lado.
– Eu poderia falar com ele. É sobre o senhor Bieber. - O homem explicou.
– Você pode falar pra mim, eu sou a namorada dele. - Eu disse me sentindo levemente ofegante.
– Como você se chama? - Ele perguntou.
– Jessica Alba. Agora me fale logo, como Justin está? - Perguntei afobada e ouvi uma risada do outro lado da linha.
– Espero que morto. - E mais uma vez o homem riu.
Arregalei os olhos assustada.
– Que tipo de brincadeira é essa? Por que você está ligando para cá? - Eu disse irritada.
– Então Justin tem mesmo uma namorada. - O homem comentou.
– Vá se foder, seu idiota. - Eu disse pensando em desligar.
– Já vi que você está meio nervosa, então vou ser breve. Eu exigo que você me envie um convite para o enterro do meu primo, tá? - O homem falou brincalhão.
– Por que você...? Para com isso! - Gritei, mas não desliguei, eu queria saber o que ele ia dizer.
– Mas que merda, você deve ter muita fé, garota! Ele está vivo há quatro meses e isso é incrível. Ninguém nunca durou tanto à mim. - O homem riu de novo e eu lembrei do primo de Justin.
– Nolan? - Perguntei;
– Você sabe meu nome! - Ele disse surpreso.
– Seu idiota! Qual é o seu problema? Por que não nos deixa em paz?
– Não dá, é tão bom brincar com isso. - Ele riu mais uma vez.
– Eu vou desligar. - Ameacei.
– Espera! Só quero te dizer mais uma coisa: Que nome você vai colocar nas crianças?
Como... Como ele sabe sobre os gêmeos?
– O quê? - Perguntei espantada.
– É, você sabe, os bebês dentro de você. Já sabe o sexo deles? - E ele continuou a falar comigo como se fossemos amigos.
– Como você...?
– Você é bonita Jessica, eu adoro o jeito como você se espreguiça todas as manhãs na varanda do seu quarto. - Ele disse com a voz avoada.
– Você... Como? - Perguntei cada vez mais assustada e ele riu.
– Mande um beijo para o orfãozinho. Boa noite, vadia. - E então ele desligou.
Eu ainda estava estática. Como ele sabia sobre os bebês e o Harry? Como ele sabia que eu me espreguiçava na varanda pela manhã?
Ele estava por perto, disso eu tinha certeza.
O que estao achando?
perfo
ResponderExcluirOMG ! Nolan seu FDP fique longe das crianças .. Justin seu lindo acorde pleasee .. krl cada vez mais fodaa >.<
ResponderExcluirOMMMMG :s foooda \õ/ desculpa nao ter vindo logada :s é que to com uma baita preguiça ;s
ResponderExcluirPerfeição, vish véi
ResponderExcluirVim logada agora *--* foooda \õ/ Juuus ammr,fique bem.
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