Eu não liguei para os comentários sobre quem era aquela mulher e por que ela pegou Carly. Só o que me importava agora era que Justin alcançasse Camila e pudesse pegar nossa filha de volta.
Justin's P.O.V
Corri o mais rápido que eu pude, mas aquele sapato e a calça social estavam me impedindo de aumentar a velocidade. Camila era muito rápida e parecia estar machucando Carly porque a garotinha chorava pedindo para a mulher parar.
– Papai! - Ouvi Carly gritar.
Dei uma rápida parada e tirei os sapatos, abandonando-os na rua e seguindo apenas de meias.
– Pare com isso Camila, me devolva a menina. - Gritei ainda correndo.
– Ela é minha filha! - Camila gritou sem olhar pra trás.
– Ela é minha filha também! - Gritei acelerando cada vez mais.
– Mas eu vou ficar com ela! - Carly gritou parando de correr e virando pra mim.
Parei onde estava e tentei descansar um pouco.
– Se você se importasse não teria abandonado ela. - Eu disse.Camila começou a andar de costas, ela parecia uma louca e estava assustando Carly.
– O que aconteceu com você? - Perguntei.
– Eu quero minha filha de volta. - Ela gritou parecendo desnorteada.
– Vem pra cá, Camila. Fique longe da pista. - Falei vendo que ela se afastava aos poucos de costas.
– Não! Eu não vou deixar você pegar minha Victoria. - Camila gritou ainda andando para trás.
– Camila, ela vai ficar melhor com agente. - Tentei convencê-la.
– Jessica não é mãe dela, eu sou! - Camila continuava gritando e caminhando na direção da pista.
– Você deixou ela, Camila. Foi Jessica quem alimentou, cuidou, deu tudo o que ela precisava. Você não fez nada. - Disse me aproximando.
Talvez aquilo fosse piorar as coisas, mas Camila precisava saber que não tinha direito algum sobre Carly. Ou Victoria, como ela chamara a menininha.
– Eu tive que aguentar ela por um tempão dentro de mim. Eu tive que aguentar Ryan me batendo e me xingando. Tive que aguentar a dor de um parto normal. Isso não vale nada pra você? - Ela disse parando no meio fio.
Me aproximei e fiquei à alguns centímetros.
– Você ama essa garota? - Perguntei.
– Eu só não quero que você e sua mulherzinha vagabunda sejam felizes, enquanto eu fico sem o Ryan. - Camila gritou chorando.
Respirei fundo e olhei para o fim da pista. Um caminhão que transportava algum tipo de mercadoria vinha a toda a velocidade e eu tive uma idéia.
Seria errado. Eu não queria ter que fazer aquilo, mas talvez fosse o único modo de manter meus filhos a salvo daquela doente. Camila poderia ir embora, mas eu sei que ela voltaria mais tarde e talvez eu não tivesse a chance de recuperar minha filha novamente.
Tentei me manter calmo e calculei rapidamente o tempo que levaria para pegar Carly e empurrar Camila.
Esperei o caminhão se aproximar um pouco mais e percebi que levando em conta a velocidade com a qual ele vinha e o fato de que o lugar onde nós estávamos era deserto, eu não correria riscos de ser tido como o culpado da morte daquela louca.
De um jeito rápido eu puxei Carly pelo braço e chutei a coxa de Camila, fazendo com que ela se desiquilibrasse e tombasse pra trás. Ela tentou não cair e isso fez com que ela ficasse cada vez mais na mira do caminhão.
Me virei rápido e escondi o rosto de Carly pra que ela não pudesse ver o que veio a seguir; Um barulho alto e um corpo desfigurado na pista.
O motorista do caminhão acelerou ainda mais, provavelmente fugindo do flagrante e eu voltei correndo pra casa.
Jessica's P.O.V
Depois de quase vinte minutos esperando Justin voltar com Carly, eu vi ao longe aquele pequeno ser chorando no colo de meu marido. Ele havia conseguido.
– Meu Deus! Obrigada meu Deus! - Gritei chorando ao pegar minha filhinha no colo.
– Está tudo bem agora. - Justin sussurrou me abraçando de lado.
Escondi meu rosto em seu ombro e Justin ajeitou Carly em meu colo para que ela não ficasse sufocada. A garotinha estava muito assustada e não parava de chorar. Ao ver a irmã chorando, Charles voltou a chorar e Harry começou a brincar com ele, tentando distraí-lo.
– Cadê a Camila? - Perguntei baixinho.
– Ela não vai nos incomodar mais. - Justin disse.
Eu tinha uma leve idéia do que tinha acontecido, mas preferi não ter certeza de nada. Seja o que for, se Justin disse que ficaremos bem, nós realmente vamos ficar bem.
...
Haviam se passado uma semana desde o casamento. Eu descobri que Camila estava morta por meio da TV e lamentei por isso. Justin parecia feliz com a idéia de que agora éramos uma família e eu me sentia do mesmo jeito. Carly parecia não lembrar do que acontecera àquele dia. Nós estávamos verdadeiramente bem, disfrutando de uma paz que há muito não tínhamos.
Era uma tardinha e estávamos em uma praça. Justin tentava ensinar os garotos a jogar baseball e eu brincava com Carly e algumas garotinhas. Ouvi seu celular tocar na minha bolsa e o chamei, entregando o aparelho em seguida. Justin agradeceu e voltou para onde estava com os meninos, atendendo no caminho.
Voltei a brincar com as meninas e em alguns minutos Justin estava do meu lado com os meninos que reclamavam.
– O que foi? - Perguntei pegando Charles no colo.
– Nós vamos pra casa. - Justin disse.
– Mas por quê?
– Não faça perguntas, só me siga. - Justin pegou Carly no colo e saiu puxando Harry pela mão.
Franzi a testa vendo ele se afastar e fui atrás, me despedindo das garotinhas e de suas mães jovens.
Corri até Justin e vi ele colocar os meninos nas cadeirinhas. Fiz o mesmo com Charles e entrei no carro, vendo Justin ligá-lo e arrancar dali com pressa.
– Tudo bem, eu quero saber agora o que está acontecendo. - Disse brava.
– O advogador Stunner ligou.
– Advogado?
– Larry conseguiu ele pra mim.
– Mas pra quê? - Perguntei nervosa.
– Esqueceu que eu ainda tenho que ser julgado pelo assassinato de Martin? - Justin perguntou.
– Mas ele não estava morto! - Eu disse.
– É, mas agora ele está e a culpa cairia em cima de mim de qualquer jeito. - Justin deu de ombros.
– O que o advogado disse? - Perguntei.
– Ele disse que não podemos sair da cidade antes do julgamento.
– Mas nós íamos para o Canadá em duas semanas! - Disse decepcionada.
– O julgamento é em quatro dias. - Justin disse.
– O quê? Tão rápido? - Perguntei.
– Stunner adiantou tudo, ele é um velho amigo do juíz e lhe contou sobre nossa vontade de recomeçar em outro país. - Justin fez uma curva.
– E se você for julgado como culpado e condenado? - Perguntei meio hesitante.
Vi Justin suspirar e olhar as três crianças pelo retrovisor, voltando a olhar para a pista.
– Eu cumpro o que tiver de cumprir. Cansei disso, cansei de fugir dos problemas. Se eu tiver de ficar, sei lá, por dez anos na cadeia, eu vou ficar.
Fiquei quieta e Justin também não disse nada. Era óbvio que não queríamos que ele fosse preso, mas se fosse algo preciso, ele teria que fazer, não dava pra fugir disso.
Chegamos eu casa e Justin me ajudou a dar banho nas crianças. A frequência dos caras e das meninas na casa caiu para quase zero e Justin era o único que estava ali pra me ajudar em tudo, isso quando não estava trabalhando.
Jantamos e ficamos na sala com as crianças, mas não trocamos nenhuma palavra. Os mais novos dormiram e Justin se ofereceu para levar os dois, sumindo nas escadas. Fiquei ali com Harry, ele cantarolava a música de um comercial qualquer e, do nada, se virou pra mim.
– Mamãe, eu não ia ter dois irmãos? - Ele perguntou.
– Mas você tem dois irmãos. - Disse.
– Não, mas você disse que seriam dois garotos. A Carly é um garoto?
– Não.
– Onde está o Jason? Ele se transformou em Carly?
Harry não sabia que Jason havia morrido, na verdade, ele nunca me perguntara sobre isso antes.
– Ele... Bem, ele está com o tio Chaz agora. Você lembra dele? - Perguntei.
Harry pareceu pensativo por um tempo e logo negou, dizendo que não lembrava de Chaz.
– Ele gostava muito de você. - Eu disse.
– Como o tio Chris? - Ele perguntou e eu assenti.
Harry assentiu e subiu no meu colo, se aninhando. Ajeitei meu braço, o colocando em cima do braço do sofá e vi Justin se sentar ao meu lado. Ele arrodeu seus braços em meus ombros e continuamos sem trocar nenhuma palavra.
Assim se seguiu toda a noite, mesmo depois de Harry ter dormido e quando fomos para a cama, Justin ainda não se atrevia a dizer algo.
Me enrolei até o pescoço e me virei de costas para Justin, sentindo ele me abraçar com força.
– Você vai me deixar se eu for preso? - Ele perguntou.
Ri fraco.
– É claro que não, eu não te deixei antes e não vou te deixar agora.
– Jessie, eu... Eu to preocupado. Como você e as crianças vão ficar sem mim? Eu tenho tanto... Tanto medo. - Justin disse com a voz abafada.
– Hey meu amor! - Me virei segurando seu rosto. - Nós vamos ficar bem, não precisa ter medo.
Justin me encarou por alguns segundos e depois riu pelo nariz.
– Pareço um idiota.
– Não parece, não. - Eu disse rindo.
– Qual é! Eu deveria te confortar, isso não faz sentido. Pareço uam criança... O que você fez comigo, Jessica? - Justin riu mais uma vez.
Selei nossos lábios e o beijei rapidamente.
– Eu não sei o que fiz, mas adorei isso.
Justin riu e eu voltei a me deitar, virando de costas e sendo abraçada novamente.
...
Dia do julgamento
Era o bendito dia do julgamento. As crianças ficaram com Jeremy e eu fui com Justin e Larry ao tribunal. Chegamos lá e ficamos esperando em uma salinha por um tempo, mas logo o caso de Justin foi chamado. Acompanhei tudo e vi Justin ficar mais tenso a cada vez que testemunhas davam seus depoimentos, o que foi estranho já que, pelo que me lembro, Justin disse ter matado Martin em um lugar deserto.
No fim de tudo, o juíz estava meio carrancudo para o lado de Justin e Stunner pediu para que o julgamento fosse interrompido e prorrogado. O juíz acatou ao pedido e nos mandou voltar em oito dias.
Foram os piores oito dias da minha vida!
Justin parecia um louco, ele não parava em casa, gritava o tempo todo e perdia a paciência a todo o momento. Carly e Charles estavam começando a ter medo dele e eu confesso que também estava assustada com tudo.
O dia do julgamento chegou e Justin estava mais normal. Fomos para o tribunal e Stunner me pediu para ficar do lado de fora ou Justin poderia se alterar devido à emoção de ter alguém, com quem ele tem laços amorosos, assisitindo sua possível condenação.
Nesses dias, Justin falara muito sobre ser descoberto pelos outros crimes e pegar prisão perpétua ou cadeira elétrica. Era estranho pensar assim, mas eu sempre apoiei esses tipos de condenações, porém quando pensei que Justin poderia morrer achei que era injusto, afinal, ele estava arrependido do mal que fez.
Os dois entraram na sala enorme e eu fiquei esperando.
Foram as três horas mais angustiantes que tive nos últimos dias! Eu não conseguia ouvir nada e estava sozinha ali. Não sei quantas vezes bebi água e fui ao banheiro, mas eu faria de tudo para não ter que ficar quieta esperando.
Fui até o bebedouro mais uma vez e peguei um pouco de água fria. Me encostei ali e fiquei encarando a porta da sala. Assustei-me ao vê-la abrir. Dali saíra um Justin, um Stunner e dois guardas.
Justin tinha a cabeça baixa e segurava alguns papéis. Stunner equilibrava sua pasta e alguns papéis em uma mão, e tocava o ombro de Justin com a outra, como em um tipo de tentativa para consolar. Os guardas estavam quase grudados em Justin e ele não parecia feliz ou aliviado.
Observei a cena que parecia estar passando em câmera lenta e deduzi algo. Aquilo ali só poderia ter uma explicação.
MAS UM 1 CAP E ACABA.
O que estao achando?
Esta na reta final amores.
Omg :O Justin preso? pqp não pode ser.. essa Camila é doida velho '-' tava tudo tão perfeito ai vem esse Julgamento D: oooh tão rápido assim? já vai acabar? d: bom valeu apena vir aqui todo dia *o* muito boa a ib,tanto essa quanto as outras (:
ResponderExcluirAAH ÃO PODE ACABAAR NÃO, PQP É MUITO PERFEITA ESSA IB VÉÉI, O QUE VAI ACONTECER COM O BIEBER??, aawn não demora pra postar não amore ^^ amo sua IB viiu muito PERFECT. *--*
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJuss ): o que vai acontecer com meu amr ):
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