domingo, 15 de julho de 2012

Capítulo 52 Tentando pegar Carly de volta

– Eu te amo. - Disse com os olhos fechado enquanto encostava nossas testas.
– O... O que você disse? - Ela perguntou, mas não tive coragem de abrir os olhos ou me mexer.
– Eu te amo. - Respirei fundo e continuei. - Você é única, é especial. Você não sabe o quanto eu me importo com você. Eu adoro estar aqui e quero passar o resto da minha vida com você... - Respirei mais uma vez. - Casa comigo?
Jessica's P.O.V
Eu não poderia estar mais chocada. Quero dizer, Justin já havia proposto casar comigo àquele dia no cartório, mas ele nunca realmente me pediu. E o que mais me deixou sem palavras foi ouví-lo dizer que me ama. É novo pra mim porque eu ainda achava que era apenas um tipo de sexo fácil ou apoio emocional pra Justin, mas ele realmente se importava comigo. Ele queria estar comigo.
– Olhe Jessica, pode não ser exatamente o que você queria ouvir, mas eu não sei bem o que falar. Eu tentei ensaiar o que te dizer e como te... - Justin começou a falar, mas não o deixei continuar.
Com um beijo doce e lento, o fiz calar a boca. Eu não queria que ele achasse que o que disse foi ruim ou não foi bom o suficiente, porque a verdade era que tudo o que vinha de Justin para mim era perfeito.
– Acho que isso significa que eu não fui tão mal. - Justin brincou acariciando minha bochecha com o polegar.
Assenti fechando os olhos e segurando seu pulso, enquanto roçava nossos narizes.
Não demorou muito para que caíssemos no sono, mas sei que demorou para acordarmos. Melhor dizendo, para que eu acordasse.
Sentei-me na cama e percebi que Justin não estava lá. Fiquei confusa por ele não ter me avisado para onde ia, mas resolvi esquecer isso e dar uma olhada nas crianças. Me vesti e lavei o rosto, indo em seguida até o quarto dos bebês.
Parei perto do berço de Charles e olhei para o berço ao lado. O berço de Jason. Eu sentia tanta falta da meu bebê, mas sabia que ele estaria melhor no céu do que aqui na terra, correndo perigo. Não por Nolan, Ryan e Martin, mas porque o mundo é ruim, as pessoas são ruins e certamente Justin tem mais inimigos.
Ouvi um barulhinho atrás de mim e dei uma rápida olhada em meu filho dorminhoco olhando em seguida para o berço de trás. Carly.
Lá estava ela, retorcendo o corpo como se estivesse se espreguiçando. Senti pena da garota. Ela era tão pequena e já era rejeitada por Camila, que não hesitou em dá-la para Justin. Ele era tudo o que Carly tinha agora.
Comecei a me sentir culpada. Eu não deveria desprezar um bebê, por mais que a mãe dela fosse uma vadia que eu odeio, a garotinha não tinha culpa de nada. Ela era o fruto de uma traição de Justin e eu lembrava de tudo quando a olhava, mas agora eu sentia que deveria cuidar dela. Ninguém faria aquilo melhor que eu.
Sorri de leve enquanto me inclinava e colocava a garota nos braços. Ela relaxou e segurou meu cabelo. Sorri abertamente ao ver ela mexer a boca de um jeito impaciente, possivelmente sentindo fome.
Sim, eu dei de mamar para ela. Carly rejeitou no início o que me fez achar que ela fora alimentada de outra maneira antes de vir para cá, mas logo se acostumou com o novo jeito de comer.
Aninhei a garotinha que já dormia e a coloquei de volta no berço, ajeitando minha blusa. Dei mais uma olhada em Charles e quando me virei para a cama de Harry notei que ele não estava lá.
Desci as escadas apressada e encontrei Christian na sala vendo tv ao lado de uma garota.
– Ahn... Estou atrapalhando? - Perguntei e Chris olhou para mim, tirando o braço de cima do pescoço da menina.
– Claro que não. - Ele sorriu. - Está tudo bem?
– Eu não sei onde Harry está. - Disse um pouco preocupada.
– Justin saiu com ele hoje cedo. - Chris deu de ombros.
– Pra onde eles foram? - Perguntei.
– Não sei. Justin disse algo sobre ter um dia de pai e filho com Harry.
Ri pelo nariz me sentindo aliviada e olhei para a garota ao lado de Christian.
– Ah, essa é a Americus. - Ele disse notando meu olhar.
– Oi, sou Jessica. - Disse sorrindo.
– Prazer. - Ela sorriu gentilmente.
Assenti para ela, retribuindo o sorriso e me sentando na poltrona.
– Se importam se eu ficar com vocês? - Perguntei.
– Não, você pode ficar aqui. Não estamos fazendo nada demais. - Christian deu de ombros e passou o braço sobre os ombros da menina, fazendo-a se aconchegar.
Suspirei olhando para a tv, onde passava um filme qualquer.
A tarde foi basicamente assim. Eu revesava entre assistir, olhar as crianças e comer. Assisitr, alimentar as crianças e comer mais. Assistir de novo, trocar as crianças e comer.
Às sete da noite, eu havia acabado de dar banho em Charles e me preparava para dar banho em Carly quando ouvi a risada de Justin vinda do andar de baixo.Tirei a roupa da bebê e lhe banhei enquanto ouvia a voz de Justin se aproximar, agora acompanhada de risadas ou palavras vindas de Harry.
Enrolei Carly em uma toalha felpuda e a coloquei aninhada em meu colo, saindo do banheiro e encontrando Justin corredor com Harry nas costas.
– Bom dia garotões. - Brinquei e Justin riu, tentando olhar para Harry em seguida.
Justin se aproximou de mim e me deu um selinho, alisando a cabeça de Carly em seguida.
– Se divertiram? - Perguntei.
– Diz a ela Harry. - Justin disse brincalhão.
– Conheci umas gatinhas. - O garoto deu um sorriso de lado.
Era muito estranho porque naquele momento era como se Justin fosse seu pai de sangue porque os dois estavam começando a ficar parecidos, tanto no jeito de falar e agir, como na aparência.
Ri pelo nariz e analisei os dois.Justin carregava um sorriso enorme no rosto e ele parecia muito iluminado, suas roupas estavam meio amarrotadas, mas ele não estava pior que Harry. O pequeno segurava um pouco de algodão doce já murcho nas mãos, suas roupas estavam manchadas de algo que julguei ser lama ou chocolate, mas algo me chamou atenção e me fez quase ter um infarte.
– O que você fez no cabelo dele? - Perguntei a Justin que apenas riu enquanto descia Harry.
– Ficou legal, não foi? - Ele esfregou a cabeça de Harry e olhou para mim.
Continuei séria, apenas o encarando.
– Não gostou? - Justin perguntou.
Virei as costas para ele e entrei no quarto das crianças o ouvindo estalar a língua.
– O que aconteceu Jessica? Qual é o problema? Eu só cortei um pouco o cabelo dele, não precisa ficar brava. - Justin disse.
– Um pouco? Você raspou a cabeça do Harry! - Eu disse irritada enquanto trocava Carly.
– Ele queria ficar com o cabelo como o meu. - Justin deu de ombros.
– Seu cabelo não está tão curto quanto o dele. - Rebati.
– Ele é uma criança, daqui a pouco o cabelo dele cresce.
– Que saber? Esqueça. Eu acho melhor você sair daqui antes que Charles acorde de verdade.
Justin estalou a língua e abriu uma gaveta, pegando uma toalha e infantil, uma cueca e um pijama.
– Vou dar banho no Harry. - Justin pegou a mão de Harry -que tinha nos seguido até o quarto- e saiu de lá com ele.
Terminei de trocar a garota e a aninhei por um tempo, a colocando no berço em seguida.
Fui pra meu quarto entrei na suíte, tomando um rápido banho. Pensei que era muito bobo ficar brava com Justin por algo como o corte de cabelo de nosso filho, então resolvi que me desculparia por minha ignorância.
Vesti uma camisola qualquer e saí do quarto, procurando por Justin. Ele não estava por ali. Desci as escadas e o encontrei na sala com Harry, ambos no sofá, assistindo à um filme desconhecido por mim, mas que tinha Beyoncé no elenco.
Me aproximei de Justin, e toquei seus ombros, fazendo uma leve massagem. Ele virou o rosto me encarando e dando um sorriso pequeno em seguida.
– Me desculpe. - Falei e o vi rir pelo nariz.
Justin segurou meu rosto e me beijou rapidamente.
Afastei-me e arrodeei pelo sofá, sentando-me ao seu lado. Olhei para Harry e esse mordia os dedos. Sorri enquanto o observava e então notei algo que não tinha visto antes por estar muito concentrada em seu cabelo.
– Me diga que isso na orelha do Harry não é o que eu estou pensando. - Disse me levantando subitamente.
Justin me olhou com os olhos meio arregalados e em seguida olhou pra Harry.
– Ahn... Eu queria ter te avisado. - Ele disse.
– Você está ficando maluco? - Perguntei indignada.
Dei mais uma olhada e percebi que não só uma, mas as duas orelhas dele estavam furadas.
– Calma Jessica. Meu pai furou minhas orelhas quando eu era pequeno e olhe só, estou vivo! - Justin brincou e eu me segurei para não socá-lo ali mesmo.
– Quero outros brincos, mãe. - Harry disse me fazendo soltar um grunhido mais indignado ainda.
– Está vendo? Quanto tempo falta pra ele começar a querer comprar vestidos e usar minha maquiagem? - Perguntei totalmente estressada.
– Eu não sou uma garota. - Harry disse parecendo se indignar.
– Não se meta, Harold! - Gritei pra ele.
– Tudo bem, isso já deu pra mim. Harry deve estar cansado e precisa dormir. - Justin começou.
– Não estou com sono. - O garotinho retrucou.
– Você está sim, agora venha comigo. - Justin se levantou e Harry fez o mesmo. - Agente conversa daqui a pouco.
Suspirei me sentindo cada vez mais irritada, brava, idignada. Era como se eu tivesse me tornado uma homicida e pudesse matar qualquer um que me contrariasse naquele momento.
Sentei no sofá, totalmente cansada de cuidar das crianças porque acredite, não é nada fácil cuidar de dois bebês, um garotinho mal-criado e um adulto meio imbecil sozinha.
Resolvi que não ficaria na sala, seria melhor que eu fosse dormir, assim evitaria uma conversa que terminaria em mais briga com Justin. Seria melhor esquecer, afinal, o negócio estava feito, eu não poderia simplesmente pedir para que ele desfizesse.
Deitei na cama e me cobri até o pescoço, ficando de costas para o lado onde Justin deitaria. Tentei dormir logo, mas o sono não chegou apesar do cansaço.
A porta do quarto se abriu e Justin entrou devagar. O quarto estaria totalmente escuro se não fosse pela pequena luminária de parede que ficava perto da cômoda. Justin tirou algumas coisas do bolso da calça e deixou em cima do móvel, tirando a camisa em seguida. Vi ele tocar em algo perto de sua costela -bem onde ele havia sido esfaqueado- e gemer em seguida.
Isso foi estranho, afinal só o que sobrou por ali foi uma cicatriz com um tamanho médio, então achei que talvez ainda houvesse ficado dolorido.
Justin olhou para a cama e suspirou, tirando a corrente de seu pescoço e pegando uma toalha, indo para o banheiro em seguida.
Fechei os olhos com força, tentando dormir novamente, mas o maldito sono resolvera me abandonar. Alguns minutos depois, Justin saiu do banheiro de cueca e correu para a cama, se jogando lá e me abraçando por trás com força.
– Não me toque. - Disse fria.
– Eu sabia que você estava acordada. - Ele comentou rindo.
Me sentei na cama rapidamente e o encarei.
– Sabia que eu odeio esse seu novo jeito?
– Eu achei que fosse isso o que você sempre quis; Um homem bom, que se preocupa com vocês e seus filhos, e que te ama. - Justin disse confuso.
– Era exatamente o que eu queria, mas esse não é você! Eu não consigo confiar nesse seu novo jeito, sinto como se você estivesse fazendo algo de errado e isso fosse uma forma de redenção. - Falei.
– Eu só preciso que você confie em mim porque esse sou eu. Sempre fui. Eu havia mudado e esse Justin estava dormindo até você chegar. Nunca me senti tão feliz antes, então por favor, não estrague tudo. - Justin pegou uma de minhas mãos e apertou algumas vezes, tentando me passar sua verdade.
Abaixei a cabeça pensando que talvez eu estivesse sendo chata, mas o que Justin fez foi errado. Ele deveria ter me dito o que faria e então veríamos se os dois concordávamos.
– Me prometa que não fazer coisas assim sem antes falar comigo. - Eu disse e ouvi ele rir pelo nariz.
– Tudo bem. - Justin me abraçou e se afastou em seguida. - Sabe, você ainda não disse se quer casar comigo.
Ri negando com a cabeça e o puxei para um beijo.
– É claro que eu quero, seu idiota.
Voltei a beijá-lo e senti Justin rir contra meus lábios.
Não fizemos nada demais aquela noite. Tudo estava tranquilo. Nos beijamos e conversamos sobre fazer uma festa de casamento. Eu nunca realmente quis casar na igreja, então só precisaríamos ir à um cartório.
2 anos depois...
Eu e Justin ainda não havíamos nos casado. Um tempo depois de nossa conversa, resolvemos colocar Harry em uma escola e Justin começou a trabalhar com um amigo de infância. Os caras e as garotas meio que saíam de onde estávamos morando e só apareciam por lá quando precisávamos de ajuda com as crianças. Eu passava os dias praticamente acompanhada de crianças e velhos. Um casal de idosos que era nossos vizinhos, adoravam os bebês e passavam a vida à mimá-los.
Agora, Harry havia acabado de entrar em férias e Justin resolveu que era a época certa para que nos casássemos. Eu aprovei a idéia, pois estava realmente na hora de termos nosso tão esperado final feliz. Não que eu achasse que aquilo fosse durar para sempre, mas cada mínimo segundo com ele era uma eternidade de alegria pra mim.
– Fica quieta Jessie! - Lindsay reclamou enquanto tentava terminar de me maquiar.
Na verdade, ela estava apenas retocando a maquiagem porque havíamos acabado de voltar do cartório. Sim, eu era oficialmente a senhora Bieber e nada no mundo parecia soar melhor.
Haveria uma festa no jardim de casa. Os vizinhos foram convidados, alguns amigos meus também, assim como amigos de Justin. Os rapazes e as meninas era presenças indispensáveis, então nem precisei convidar. Iria ser algo simples e íntimo só pra que pudéssemos lembrar da data.
Harry estava com cinco anos e os bebês tinham dois. Eles estavam grandes e eram as crianças mais lindas que eu já vira. Agora todos podiam ver a clara diferença de idade entre Carly e Charles. Ela parecia ser praticamente um ano mais velha que ele, mas pelo que Justin disse, a diferença era de apenas dois ou três meses e foi fácil misturá-la com o mais novo porque ela nascera prematura.
– Acho melhor você se apressar, Justin precisa de você lá. - Christian disse abrindo a porta do quarto e saindo em seguida.
– Está bom Lindsay. Não precisa me maquear mais. - Disse rindo.
Lindsay assentiu e juntas descemos as escadas.
Chegamos ao jardim onde algumas pessoas conversavam e curtiam uma música lenta, porém animada.
Era um fim de tarde e o sol estava fraco, nos dando uma atmosfera confortável.
Carly, Charles e Harry corriam pela grama, brincando com os filhos de alguns convidados. Era um cena linda. Os garotos usavam apenas a calça social, pois o terninho e a camisa estavam deixando-os com calor. As meninas continuavam com seus vestidos, pois queriam continuar parecendo princesas, então elas apenas retiraram os sapatos. Todos corriam sorrindo e eu me peguei lembrando da minha infância. Achei que aquela fora a melhor época da minha vida, mas agora, nada parecia melhor que ver meus filhos felizes e ter uma família de verdade com o cara que eu amo.
Nos aproximamos da mesa onde estava toda a comida. Todos seguravam taças com um tipo qualquer de bebida e, assim que chegamos, Lindsay e eu recebemos as nossas.
– Ela chegou. - Christian disse e Justin virou-se para mim.
Sorri e ele retribuiu, enchendo o peito de ar a chamando a atenção de todos.
– É ótimo ter todos vocês aqui, fico muito agradecido por isso, mas eu quero falar sobre outra coisa, melhor dizendo, sobre outra pessoa por quem eu sou grato. Eu fui um idiota e eu agi errado algumas vezes, mas Deus foi bom o suficiente para me dar chances de me arrepender. Jessica, me perdoe mais uma vez, eu não quero te magoar mais e eu prometo que vou fazer o possível e o impossível pra isso. - Justin deu uma risada como se estivesse lembrando de algo e umedeceu os lábios. - E não pense que vou te dividir de novo.
Justin olhou para Christian e eu quis me esconder por ter lembrado de algo que os três fizemos juntos uma vez.
– Não acredito nisso. - Sussurrei tentando não transparecer meu estado crítico de vermelhidão.
– Eu me livrei da morte por duas vezes e eu não lamento por ter passado por coisas ruins porque sei que se elas não acontecessem talvez eu nunca tivesse dito o quanto essa mulher é importante pra mim. Eu sou orgulhoso e achei que ela tivesse a obrigação de estar comigo, mas nunca pensei que deixar de dizer algo como "eu te amo" ou "eu me importo" fosse causar tanto problema. Estou meio nervoso e me desculpem se não entenderam o que eu quis dizer, mas a verdade é que agora eu sinto como se fosse o cara mais feliz que existe. Enfim eu me sinto amado de verdade e eu quero fazer você, Jessica, se sentir a mais amada de todas. Obrigado por ser minha. - Justin levantou o copo e todos fizeram o mesmo.
Alguns aplausos vieram depois que todos beberam um pouco de suas bebidas e eu me senti na obrigação de dizer algo.
– Posso? - Perguntei levantando a taça e todos me encararam. - Bem, eu não tenho muito o que dizer. Ahn... Justin, o passado se foi, eu não quero lembrar de nada ruim, vamos construir algo novo, tudo bem? - Justin assentiu e eu continuei. - Eu...
As palavras morreram totalmente ao olhar para as crianças. Tinha uma mulher ali. Ela estava suja e falava algo com Carly. Franzi a testa vendo a mulher segurar o braço de minha filha e larguei a taça no chão, correndo até lá, sendo seguida por algumas pessoas.
– Hey você! - Disse quando me aproximei.
A mulher olhou pra mim e meu coração parou. Camila.
Por que ela estava daquele jeito?
Eu não tinha visto aquela mulher desde o dia em que ela foi sedada no hospital, mas olhando para suas vestes e para o saco em suas mãos, eu poderia afirmar que as coisas não foram fáceis esses últimos meses.
– Camila? - Esse foi Justin.
Ele se pôs ao meu lado e eu o encarei por um segundo. Sua expressão demonstrava confusão.
Camila não disse nada, só colocou Carly no colo, jogou o saco no chão e começou a correr.
– Mãe! - Carly gritou olhando pra mim e esticando os braços.
Tentei correr, mas Justin me segurou e fez sinal para que eu ficasse quieta, então ele saiu correndo atrás de Camila.
Tentei correr novamente, mas dois amigos meus me seguraram e disseram que era melhor eu ficar ali.
Charles estava chorando e Harry parecia estar prester a chorar também. Respirei fundo e me abaixei para tentar acalmar meus filhos. As outras crianças foram para perto de seus pais e todos pareciam assustados.
Eu não liguei para os comentários sobre quem era aquela mulher e as perguntas sobre o porquê de ela ter pegado Carly. Só o que me importava agora era que Justin alcançasse Camila e pudesse pegar nossa filha de volta.
O que estao achando?

 
Esta na reta final amores.
 


2 comentários: