quinta-feira, 14 de junho de 2012

Capítulo 12 Indo para Nova Iorque

Acordei sentindo meu corpo todo dolorido, me movi na cama e tentei levantar, mas senti um peso sobre meu corpo, Justin estava ali, totalmente nú e abraçado a minha perna. Com cuidado livrei minhas pernas e me sentei na cama, senti uma dor forte na minha cabeça e gemi baixinho, andei até o espelho do banheiro e vi sangue seco em meu rosto, logo me lembrei da noite passada, Justin me bateu e eu desmaiei. Suspirei e resolvi tomar banho antes que Justin acordasse. Notei que tinham algumas marcas na minha barriga e no meu pescoço, e, ao contrário do que eu pensei, Justin não havia tocado em mim daquele jeito, ao que parece ele me bateu até cansar e dormir.

Acabei o banho e fui ao quarto de toalha, Justin estava do mesmo jeito que eu deixei, vesti uma roupa e arrumei o cabelo. Me sentei na cama ao lado dele e o observei, mesmo com as marcas, o inchaço e as dores que ele provocou em mim, eu não sentia vontade de ir embora, de deixar ele, pode parecer bobo, mas eu acredito que ele precisa de alguém e esse alguém sou eu e por mais que eu odeie admitir acho que estou me apaixonando por ele.

Justin se remexeu na cama e balbuciou algumas coisas que não deram pra ouvir devido à sua voz embargada pelo sono, me levantei da cama e fui até a janela, por onde fiquei olhando a cidade.

– Por que eu to aqui? - Ouvi Justin perguntei e o olhei com a testa franzido. - O que houve com o seu rosto? - Ele perguntou se levantando. - Por que eu to pelado? - Ele olhou para si mesmo e parecia realmente confuso.

– Você não lembra do que aconteceu ontem à noite? - Perguntei desconfiada.

– Não, eu deveria lembra de algo? - Ele perguntou enrolando o lençol na cintura e se sentando na ponta da cama.

– Você me bateu. - Eu sussurrei e ele franziu o cenho.

– Te bati? - Eu assenti e ele ficou meio pensativo. - Vamos lá embaixo colocar um gelo do seu rosto. - Ele segurou minha mão, mas eu me afastei. - O que foi agora? Eu vou cuidar de você, não é o bastante?

– Você é muito cara de pau, sabia? Não tem ao menos a capacidade de se desculpar. - Eu disse sentindo um nó na garganta, sinal de que queria chorar.

– Eu não vou me desculpar por uma coisa que eu fiz sem querer. - Ele disse já irritado. - Se eu te bati não foi por querer, eu devi a estar bêbado ou sei lá...

– Drogado. - Eu chutei e ele deu de ombros.

– Pode ter sido uma mistura. - Ele disse e se aproximou de mim denovo. - Vamos lá embaixo, eu vou cuidar de você. - Ele disse olhando pra mim e eu acabei sedendo.

Descemos e a casa estava vazia, Justin pegou gelo e um gel pra pôr nos ematomas do meu corpo. Depois de realmente ter cuidado de mim, Justin disse que tinha que sair, eu insisti pra que ele ficasse, mas ele disse que tinha que resolver algumas coisas e eu não podia saber o que era, pois não era assunto pra mim.

Passei o dia todo entediada, os machucados já tinham parado de doer e o inchaço tinha diminuído. Vi Chaz chegar e entrar acompanhado de um cara loiro, e um pouco mais baixo que ele.

– O que foi isso no seu rosto Jessica? - Chaz perguntou. E, acho que apesar do inchaço ter diminuído, ainda dava pra perceber.

– Eu caí no banheiro, sabe, bati o rosto na quina da banheira. - Eu disse e Chaz fez uma careta. Dei uma risada sem humor.

– Ah, esse aqui é o Christian, ele vai ficar no lugar de Ryan. - O garoto loiro balançou a cabeça me cumprimentando e eu acenei pra ele.

– Essa é a garota nova do Bieber? - Christian perguntou.

– É, essa mesmo. - Chaz respondeu e o garoto me analisou.

– Tirando esse machucado no rosto... Acho que Justin fez uma boa troca, Caitlin não é tão gostosa assim. - Christian concluiu enquanto passava uma mão na outra.

– A Caitlin é gostosa sim, cara! - Chaz parecia ofendido.

– Não é, não! - Christan debateu.

– Você só diz isso porque ela é sua irmã. - Chaz disse fazendo um barulho com a boca e tateando a calça.

Ele pareceu olhar alguma coisa no celular e mostrou a Christian que estralou a língua, os dois se entreolharam e tiraram suas armas da cintura.

– O que foi? Aconteceu alguma coisa? - Eu perguntei me levantando do sofá.

– Chame as mulheres da casa e leve todo mundo pro porão, depois tranque e fique lá até que eu diga. - Chaz ordenou me jogando uma chave.

Fui na cozinha e chamei todas aquelas mulheres, perguntei aonde se tinha mais alguma e elas disseram que sim. Uma delas me ajudou a achar as outras e logo eu entrei no porão com elas e tranquei a porta que era de um material semelhante ao material que era feita a porta do lugar aonde eu fui torturada por Justin.

– Alguma de vocês sabe o que está acontecendo? - Eu perguntei agoniada.

– Acho que é mais um ataque. - Uma delas falou.

– Ataque? Que tipo de ataque? - Eu já estava assustada.

– O senhor Bieber tem alguns inimigos, mas um em especial tenta atacar a casa frequentemente. Esse é o terceiro ataque em cinco meses. - A mesma mulher me respondeu.

Foi aí que eu percebi que a coisa é realmente séria, quer dizer, eu achei que eles fossem apenas sequestradores ou apenas uma cara que busca vingança e seus capangas, mas pelo que eu estou vendo, tem muita coisa que eu não sei.

– Os ataques demoram muito? - Eu perguntei.

– Não, pelo menos quando Justin está aqui porque ele sabe orientar os caras, mas sem ele aqui, acho que vai demorar um pouco mais. - A mesma mulher antes respondeu.

– Hmm... Posso saber o nome de vocês enquanto isso? - Eu disse tentando arranjar um distração pra mim, eu estava apavorada, estava acreditando que à qualquer momento um louco iria explodir aquela porta e matar todas nós e eu precisava urgentemente para de pensar nisso.

– Meu nome é Lindsay, ela é a Sarah, Cassisdy, Lohaine, Taline, Bianca, Thainá, Alice, Tamara... - Ela continuou apresentando as mulheres e eu só acenava com a cabeça pra elas.

O barulho dos tiros lá encima me fez ficar meio perdida, eu fiquei pensando se Chaz estaria bem e se Justin chegaria enquanto o ataque acontecia, fiquei pensando se alguém se machucaria ou perderia a vida e começei a rezar internamente, pedindo pra que todos ficassem bem, pedindo pra que ninguém entrasse aqui pra nos fazer mal e pedindo para que aquilo acabasse logo.

Passamos um bom tempo conversando sobre a vida, descobri que a maioria delas foi achada na rua, eram mendigas e algumas delas já passaram pela mão de Justin. Perguntei os que Justin fazia quando enjoava de alguma mulher e elas me disseram que às vezes ele as entrega para os inimigos ou para um cafetão que era seu amigo, assim o lucro que elas davam, ficava pra ele, e em troca o cafetão tinha sua casa de sexo protegida.

Bateram na porta, o barulho já tinha acabado a mais ou menos quarenta minutos e eu ainda estava em dúvida se tudo tinha acabado bem. Fiquei tensa e olhei para Lindsay, ela também parecia assustada assim como as outras.

– Vocês já podem sair daí. - Ouvi uma voz conhecida, mas devido ao isolamento que o porão tinha, ficou difícil reconhecer. - Jessica, abra a porta. - Pelo jeito como a pessoa falou o meu nome, não tive dúvidas, era Justin.

Abri a porta e assim que o vi só tive uma reação, eu o abracei com força, Justin demorou um pouco a retribuir, como sempre, mas depois envolveu minha cintura enquanto encostava a arma em minhas costas. Ele nos separou e apontou a arma pro chão.

– Estão todas aqui? - Justin perguntou e eu assenti. - Achei que Chaz só tinha protegido a você.

– Não, ele me mandou achar as outras e trazer todo mundo pra cá. - Eu disse e ele sorriu de leve.

– Bom trabalho. - Ele disse.

– Alguém se machucou? Eu rezei tanto por todos vocês, principalmente por Chaz e por você. - Eu disse e Justin me olhou sério.

– Estamos todos bem, não se preocupe. - Ele travou a arma e a colocu na cintura. - Vou tomar banho, me ajuda? - Ele sorriu de lado.

Que coisa impressionante! Mal acabamos de passar por uma situação comos essas e Justin já está pensando em transar? Qual é! Eu não vou ceder aos desejos dele. Primeiro: eu ainda estava assustada e tensa. Segundo: eu não esqueci o que ele fez na noite passada, tudo bem que ele estava bêbado, drogado, sei lá, mas isso não justifica nada pra mim.

– Não. - Foi só o que eu disse e sai de perto dele, ou melhor, tentei sair.

– Como "não"? - Ele tentou me imitar negando a ele, mas não teve muito sucesso. - Você sabe que não tem muitas escolhas, não é?

– Eu não me importo. Não vou transar com você depois de ter apanhado. - Eu disse irritada e ele bufou.

– Eu só não te dou uma lição agora porque nós vamos partir pra Nova iorque em meia hora e o sequestro já é amanhã, vai ser amanhã que você vai ter sua chance de se ver livre disso tudo. Espero que essa sua carinha linda esteja melhor até lá. - Ele me deu um tapinha contido, mas que ardeu um pouco.

Continuei com a minha expressão dura e ele fez o mesmo enquanto se afastava. Vi Justin subir as escadas e fechei os olhos suspirando. Daqui há algumas horas eu vou estar acobertando um crime e Deus me perdoe, mas eu preciso fazer isso, tenho que tirar a liberdade de uma garota pra tentar garantir a minha.

Subi também e fui para meu quarto, tomei um banho e vesti a roupa que estava na cama, calçei o coturno que também estava separado e amarrei o cabelo em um rabo de cavalo. Saí do quarto e ouvi, mais uma vez, barulhos no escritório de Justin, resolvi esperar pra ver com quem ele estava lá dentro. Ele estava gritando e xingando alguém, ouvi coisas sendo jogadas no chão e gritos femininos. É, pelo menos hoje, eu não seria a garota fodida.

A porta se abriu e Justin jogou alguém pra fora, olhei pra ele com os olhos arregalados, ele estava suado e com uma expressão raivosa.

– O QUE É, VADIA? POR QUE TÁ OLHANDO PRA MIM? NÃO FOI POR SUA CAUSA, EU POSSO MUITO BEM ME VIRAR SEM VOCÊ! - Ele gritou e foi pro quarto dele batendo a porta em seguida.

Justin estava tão nervoso que nem fechou o escritório, fiquei tentada a entrar lá e ver o que tinha de tão importante ali dentro pra que sempre esteja trancado, mas a garota chorando ali na minha frente me tirou toda a atenção do escritório.

– Você está bem? - Eu me abaixei e a ajudei a se levantar, só então vi que era Lindsay, ela estava destruída e com o rosto sangrando. - Ai meu Deus! Lindsay, ele te bateu? - Eu fiz essa pergunta idiota, acreditem. Ela assentiu ainda chorando.

Levei ela pra cozinha e ajudei as mulheres a cuidarem dela, logo ouvi Chaz gritando.

– VEM LOGO JESSICA! JÁ ESTAMOS SAINDO.

Saí correndo até a sala e lá estavam Chaz, Christian, Kenny, Larry e Justin. Bem, acho que esse serão os criminosos que irei acobertar.

Entramos em um carro preto fosco e enorme, parecia um forgão, pensei que fossemos sair da casa, mas me enganei, Larry, que dirgia novamente, deu a volta na casa e foi para os fundos, só então eu vi o quão grande o terreno era, tinha uma piscina, um galpão e um campo enorme. Seguimos o caminho de asfalto e chegamos à uma pista onde um mini jatinho nos esperava. Fiquei surpresa e babando pelo jatinho, era lindo. Um homem, acho que o co-piloto, desceu do jatinho, enquanto outro cara abria a porta. Justin cumprimentou o cara que tinha descido e nos mandou subir, depois de alguns minutos ele subiu também e logo em seguida decolamos rumo à Nova Iorque.


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3 comentários:

  1. OMG! coitadinha da Lindsay :/ Justin seu malvado u_u não pode bater em mulher u_u pqp ta perfeito *-* KK

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  2. OMG² .. ta muito fodaaaaaaaa ! coitada msm da Lindsay .. enfim tamto fodaaa meeu ... :)

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