Acordei sentindo minhas partes baixas latejarem, eu estava meio dolorida, mas a satisfação de ter feito o que eu queria era bem maior. Tateei a cama tentando achar Justin, mas não encontrei ninguém.
Ele deve estar no quarto dele ou tomando banho. - Pensei.
Me levantei e fui à suíte lavar o rosto, depois ajeitei o cabelo, e vesti um roupão, já que estava meio apressada para procurar um robby. Bati na porta do quarto de Justin, mas, ao que parecia, não tinha ninguém ali, então fui até o escritório, mais uma vez estava vazio, quer dizer, eu não pude entrar porque estava trancado, mas estava silencioso e Justin não é tão calmo assim.
– Justin já foi embora. - Ouvi uma voz atrás de mim quando eu estava escorada na porta do escritório, frustrada por não ter achado Justin. Me virei e vi Christian com a cara mais inchada do mundo.
– Você tá acabado. - Eu disse e dei uma risadinha.
– É que Justin ordena que todos nós acordemos às cinco e meia, todo dia. - Ele disse e bocejou.
– E você dá uns cochilos quando ele não vê, certo? - Perguntei e ele assentiu. Ri dele.
– Mas eu não estou tão cansado assim, sabe, nada melhor do que sexo pra nos deixar dispostos. - Christian disse se aproximando.
– Olha Christian, Justin me disse que não quer que agente fique junto denovo e, sinceramente, eu também não quero, foi só uma fantasia boba. - Eu disse dando de ombros.
– Droga! Vou ver se alguma menina lá embaixo já acordou, você me deixou excitado. - Ele disse e eu neguei sorrindo fraco.
– Eu não fiz nada. - Eu disse com cara de "WTF?".
– E precisa? - Ele arregalou os olhos e saiu.
Fui para o meu quarto rindo, mas ao chegar lá meu sorriso se desmanchou ao ver o emaranahdo de lençol sobre a cama, lembrei que Justin não estava mais aqui, lembrei que ele ficaria fora por duas semanas e o pior, lembrei que ele nem teve a preocupação de se despedir de mim, o que significa que eu sou uma idiota por achar que tínhamos algo tão sério que o obrigava a me dar satisfações.
Fui tomar banho, eu queria fazer aquilo durar pra sempre, a sensação da água quente caindo sobre meu corpo era simplesmente confortante e acolhedora, lembrava-me os braços de Justin, tão fortes e firmes, quentes, confortáveis, aconchegantes, eu poderia facilmente comparar aqueles braços ao paraíso porque eram simplesmente divinos.
Alguém bateu na porta do quarto e gritava por meu nome.
– Espera! - Gritei e puxei o roupão, vesti-o e fui até o quarto, abri a porta e vi Chaz.
– Está pronta pra nossa primeira aula de tiro? - Ele perguntou animado.
– Ainda não, eu vou terminar meu banho e já te encontro lá embaixo. - Eu sorri pra ele que assentiu e saiu.
Terminei o banho com rapidez, me vesti e encontrei a arma de Justin na gaveta de minhas calcinhas, óbvio que não fui eu quem colocou ali porque eu nem lembrava mais dessa arma, então deduzi que o próprio Justin a guardou ali pra mim.
Coloquei a arma na bolsa e desci apressada.
– Podemos ir Chaz? - Perguntei e ele se virou pra me encarar.
– Sim. Ah, tome isso. - Ele me deu uma arma pequena.
– Não obrigado, eu já tenho isso. - Eu disse mostrando a arma de Justin.
– O que você está fazendo com essa arma? Se ele sonhar que você pegou na arma dele... - Chaz estava bem nervoso.
– Relaxe Chaz, você está muito tenso! Justin me deu a arma, eu nem teria como abrir aquele cofre enorme. - Eu disse e Chaz franziu o cenho.
– Como é? Ele te deu? - Ele perguntou rápido.
– Foi o que eu disse. - Eu falei como se fosse óbvio e era, pelo menos pra mim.
– Eu hein... - Ele ficou quieto por alguns segundos. - Bem, vamos logo né. - Ele pareceu bem animado agora.
Agarrei o braço de Chaz e nós fomos até a garagem subterrânea que, até hoje, eu não tinha visto. Confesso que fiquei impressionada, eram muitos carros, tantos que eu não podia nem contar.
– Escolhe um. - Chaz disse sorrindo e eu me animei.
– Sério? Eu quero hmm... aquele verde escuro. - Eu disse apontando para um carro pequeno e fofo.
– É sério isso? - Ele riu de mim.
– O que foi? - Perguntei confusa.
– É que Justin me disse que era pra te dar o carro que você escolhesse hoje e bem, você escolheu aquele carro pequeno.
– Ele estava meio risonho, mas eu ainda não tinah entendido o motivo disso.
– Então o carro é meu? Tipo, eu posso sair sempre que quiser com ele? - Eu perguntei.
– Em partes sim porque você só pode sair se Justin permitir, então se ele o fizer, você pode sim levar seu carro. - Ele disse rindo. Que idiota! Não estou vendo graça em nada disso. - Bem, vamos logo.
Nós entramos no meu carro e saímos da garagem, passamos pela frente da casa e, enfim, passamos pelos portões da frente, logo já estávamos na estradinha que dava na rodovia que nos levava até a cidade, mas Chaz resolveu seguir direto pela rodovia e depois entrou em outra estradinha como a primeira por onde passamos.
– Pra onde agente tá indo? - Perguntei despreocupada. Eu confiava plenamente em Chaz, se brincasse, eu confiava muito mais nele do que em Justin.
– Nós vamos para o lugar onde sempre treinamos tiro. - Ele disse concentrado na estradinha.
Chegamos a um lugar onde tinham ruínas de casas, alguns lugares estratégicos para possíveis simulações e muitas, muitas mesmo, marcas de tiro.
– Que diferente. - Eu disse saindo do carro e acompanhando ele até estarmos em um lugar com sombra.
Confesso que tinha imaginado uma coisa diferente do tipo um lugar fechado com uns tipos de cabines, nós estaríamos vestindo roupas especiais, usando luvas, óculos, protetores de ouvidos e acertaríamos um alvo com um desenho de silhueta humana, mas aquilo, com certeza, não passava nem perto do que pensei.
– Essa é a melhor forma de aprender e o bom é que nós vamos fazer simulações de situações possíveis. - Ele disse pegando o celular. - Estão chegando?... Ok, já estamos esperando. - Ele desligou e olhou pra mim.
– Quem está chegando? - Perguntei.
– Alguns caras que vão nos ajudar com a simulação. Cadê a arma de Justin? - Ele peruguntou.
– Está no carro, quer que eu pegue? - Eu disse já indo na direção do carro.
– Não, você não vai precisar da arma dele agora, tome esta.
– Ele me entregou uma arma estranha e segurou outra.
– O que vamos fazer até eles chegarem? - Perguntei analisando a arma.
– Podemos ver o que você sabe sobre armas. Vamos, me mostre como você coloca uma arma em punho. - Ele disse colocando a arma dele no lugar onde antes estava sentado.
Segurei a arma e Chaz colocou a mão no queixo enquanto analisava a posição da arma, ele começou a ajeitar meus dedos para que ficassem no lugar certo, me ajudou a alinhar os ombros e punhos e me disse pra que eu segurasse com força.
– Não ponha o dedo aí Jessica! Se isso fosse uma arma de verdade e você atirasse, seu dedo iria ser torado. - Ele disse impaciente.
– Tá, tá bom, eu vou tentar não colocar o dedo aqui. - Eu disse segurando a arma do jeito que ele disse.
– Tudo bem, agora segure firme, destrave a arma como eu disse e atire. - Ele disse e eu fiz tudo como aprendi. - Foi um bom tiro, mas você precisa segurar um pouco mais firme, você viu como a arma quase voou de sua mão? - Ele disse rindo.
– Tá, eu vou tentar denovo, fica longe. - Eu disse decidida.
– Nem precisa mandar. - Ele disse e se afastou.
Destravei a arma, me posicionei com as pernas um pouco afastadas e flexionadas, mirei em uma parece pouco baleada, segurei a arma com firmeza e atirei. Sorri satisfeita me virando pra Chaz e depois voltando a olhar o lugar onde eu tinha atirado, foi aí que eu vi uma marca azul de tinta, só então percebi que era uma arma com bolinhas de tinta.
– Fala sério, eu pensei que fosse uma arma de verdade. - Eu disse derrotada e Chaz desatou a rir. Revirei os olhos e atirei perto dele.
– Você é louca? Sabe, eu sei que não são balas de verdade, mas machucam e deixam marcas. - Chaz disse assustado e dessa vez eu ri.
– Hey! - Ouvi uma voz grossa e me virei e vi em torno de vinte homens descendo de quatro carros.
– Hey Richard! Estão prontos pra começar? - Chaz disse animado.
O tal Richard se aproximou e fez um toque com Chaz.
– Eles já estão indo para as posições, hoje eu vou só assistir e orientar ela. - Richard disse.
– Você vai me ajudar, o que é bem diferente porque Justin disse pra que eu cuidasse disso pessoalmente. - Chaz disse.
– Ele me disse a mesma coisa, mas não se preocupe, eu sei que ele te deixou no comando dessa vez e tudo porque a mocinha gosta mais de você. - Richard disse revirando os olhos. Imbecil.
– Vamos começar? - Um dos homens disse se aproximando e Richard negou com a cabeça.
– Ainda vamos vestir a roupa nela. - Chaz disse indo pro carro, minutos depois ele voltou com uma bolsa e me entregou uma roupa. - Vista isso Jessica, pode ser por cima da sua roupa mesmo.
Vesti a roupa e Chaz e Richard começaram a me orientar sobre o que eu deveria fazer. Bem, eu não poderia levar nenhum tiro, só podia atingir e "matar" a todos, iríamos fazer aquilo até chegar a perfeição, dia sim, dia não.
Eu já conseguia pisar no chão, então Chaz tirou os curativos, mas me disse pra tomar cuidado ao pisar e correr.
Começamos e eu fui atingida muitas vezes, então sempre tínhamos que recomeçar porque eu "morria", com o tempo eu fui sendo cada vez menos atingida e atingi cada vez mais.
– Você está melhor Jessica, mas ainda está longe do que queremos. - Richard disse e eu suspirei cansada.
– Tudo bem, eu já vi que você está cansada de verdade, vamos pra casa. - Chaz disse rindo e me abraçando de lado.
– Eu estou totalmente destruída. - Eu disse rindo.
Chaz e eu fomos pro carro e em meia hora estávamos em casa. Fui tomar banho porque meu cabelo estava sujo de tinta azul, eu estava me sentindo um blueberry.
Depois de ter descansado por algum tempo eu decidi que pediria pra falar com Justin, pelo menos alguém ali deveria ter o número do celular dele.
– Lindsay, você tem algum contato do Justin, eu quero falar com ele.
– Na verdade nós temos o número de um dos celulares dele, mas agente só pode ligar se for uma emergência. - Ela disse tirando um papel do pote de farinha. Olhei pra ela confusa. - É que Justin não quer que muita gente tenha o número dele. - Ela explicou o fato do pote.
– Obrigada Lind! - Eu disse e abracei ela rápido.
Corri para a sala e liguei dali mesmo já que eu não tinha celular. Depois de cinco toques Justin atendeu.
– O que é? - Eu entreguei o telefone pra Lindsay que tinha em seguido, eu estava nervosa sem motivo, mas estava.
– J-Justin, é a Lindsay aqui. - Ela disse meio nervosa. - A Jessic... Não, ela tá bem... Não, nada está errado, ela só quer falar com você... Ok, vou passar pra ela. - Ela finalizou e me deu o telefone.
– Oi Justin, como foi a viagem? - Perguntei sem saber ao certo o que dizer.
– Ah, fala sério! Você ligou pra isso? - Ele parecia estar irritado, mas tentei não dar atenção.
– Você está em algum hotel? - Perguntei.
– Por quê? Você está vindo pra cá? - Ele perguntou.
– Não, eu só quero saber se você está comendo bem, se está confortável... - Eu fui interrompida.
– Eu saí daí há menos de um dia, não precisa essa preocupação toda e mais uma coisa, eu não quero esse tipo de coisa entre agente, eu já te disse que você é apenas um sexo fixo, então sem sentimentos, ok? Não quero me relacionar com alguém, muito menos se esse alguém for você. - Ele disse aparentemente calmo.
E foram apenas alguns segundos pra que eu sentisse minha garganta tapar, meus olhos se encherem de lágrimas e essas lavaram meu rosto. Limpei a garganta para não demonstrar que estava chorando e resolvi falar algo.
– Eu sei disso, não se preocupe, eu só queria saber se você está bem porque eu estou entediada e precisava falar com alguém. - Eu disse a primeira idiotisse que me veio na mente.
– E por que não falou com Lindsay ou com qualquer outra pessoa? Você precisava mesmo em incomodar? - Ele disse já mudando o tom de voz.
– Talvez seja porque a maioria, tirando o Chaz, a Lindsay e o Christian, tem medo de mim. - Eu disse e ouvi ele bufar.
– Você disse Christian? Eu já te disse pra não ficar perto dele, não disse? - Justin aumentou ainda mais o tom.
– Eu não ligo pro que você diz, nós não temos nada sério e se eu decidir foder com todos aqui é exatamente o que eu vou fazer! - Eu gritei nervosa.
– Se eu ficar sabendo que você, sua cadela, fodeu com qualquer um aí, eu juro que eu mato vocês dois quando eu voltar. Ah, e mais um coisa, nós não temos nada sério mesmo, mas você é minha puta e faz o que eu mando, agora vá pra porra do seu quarto e só saia de lá quando Chaz for te chamar pra ir treinar. - Ele disse irritado e desligou.
Bati o telefone com força na mesa e corri pro meu quarto, eu sei que foi exatamente o que ele me disse pra fazer, mas eu precisava ficar no meu quarto agora, eu estava machucada com o que ele disse e o pior de tudo é aquilo me fazia ter mais vontade de conquistá-lo, eu tinha mais vontade de me dedicar e dar todo o meu amor, porque poderia até ser cedo pra dizer, mas acho que uma pessoa sabe quando está amando de verdade.
No outro dia Justin me ligou a noite e agiu como se nada tivesse acontecido, então decidi agir do mesmo jeito. E foi assim que os dias se passaram, eu acordava, comia, ia treinar com Chaz, passava no porão pra tentar arrancara alguma coisa de Honor e facilitar o trabalho de Justin, e então eu ligava pra Justin e conversava com ele por mais ou menos vinte minutos, até que três dias antes de ele voltar eu decidir ligar mais uma vez achando que tudo seria igual, mas algo de diferente aconteceu.
– O que... Ah! Mais rápido... Oh... Fala logo, porra! - Justin disse entre gemidos assim que atendeu o celular.
– Justin, o que você está fazendo agora? - Perguntei normalmente.
– Jessica?... Oh, não para Camila, eu to quase lá. - Ouvi um barulho como se algo tivesse caído e em seguida os gemidos altos de Justin.
– Justin, Justin o que você está fazendo? Me responda! - Eu comecei a gritar, mas ninguém me respondeu.
Então eu ouvi uma risada feminina seguida pela risada de Justin, depois eu ouvi alguém dizer meu nome e a ligação foi finalizada.
Rezei mentalmente pedindo que fosse só mais uma aventura de Justin, eu não queria ser trocada, não agora que o a distância me fez ver que Justin é mais importante do que pensei. Eu estava me sentindo ameaçada, primeiro foi por Honor, mas eu já tinha descartado a possibilidade de Justin escolher ela, agora eu precisava torcer para que essa tal de Camila não fosse boa o bastante para que Justin a escolhesse como nova garota dele.
Ele deve estar no quarto dele ou tomando banho. - Pensei.
Me levantei e fui à suíte lavar o rosto, depois ajeitei o cabelo, e vesti um roupão, já que estava meio apressada para procurar um robby. Bati na porta do quarto de Justin, mas, ao que parecia, não tinha ninguém ali, então fui até o escritório, mais uma vez estava vazio, quer dizer, eu não pude entrar porque estava trancado, mas estava silencioso e Justin não é tão calmo assim.
– Justin já foi embora. - Ouvi uma voz atrás de mim quando eu estava escorada na porta do escritório, frustrada por não ter achado Justin. Me virei e vi Christian com a cara mais inchada do mundo.
– Você tá acabado. - Eu disse e dei uma risadinha.
– É que Justin ordena que todos nós acordemos às cinco e meia, todo dia. - Ele disse e bocejou.
– E você dá uns cochilos quando ele não vê, certo? - Perguntei e ele assentiu. Ri dele.
– Mas eu não estou tão cansado assim, sabe, nada melhor do que sexo pra nos deixar dispostos. - Christian disse se aproximando.
– Olha Christian, Justin me disse que não quer que agente fique junto denovo e, sinceramente, eu também não quero, foi só uma fantasia boba. - Eu disse dando de ombros.
– Droga! Vou ver se alguma menina lá embaixo já acordou, você me deixou excitado. - Ele disse e eu neguei sorrindo fraco.
– Eu não fiz nada. - Eu disse com cara de "WTF?".
– E precisa? - Ele arregalou os olhos e saiu.
Fui para o meu quarto rindo, mas ao chegar lá meu sorriso se desmanchou ao ver o emaranahdo de lençol sobre a cama, lembrei que Justin não estava mais aqui, lembrei que ele ficaria fora por duas semanas e o pior, lembrei que ele nem teve a preocupação de se despedir de mim, o que significa que eu sou uma idiota por achar que tínhamos algo tão sério que o obrigava a me dar satisfações.
Fui tomar banho, eu queria fazer aquilo durar pra sempre, a sensação da água quente caindo sobre meu corpo era simplesmente confortante e acolhedora, lembrava-me os braços de Justin, tão fortes e firmes, quentes, confortáveis, aconchegantes, eu poderia facilmente comparar aqueles braços ao paraíso porque eram simplesmente divinos.
Alguém bateu na porta do quarto e gritava por meu nome.
– Espera! - Gritei e puxei o roupão, vesti-o e fui até o quarto, abri a porta e vi Chaz.
– Está pronta pra nossa primeira aula de tiro? - Ele perguntou animado.
– Ainda não, eu vou terminar meu banho e já te encontro lá embaixo. - Eu sorri pra ele que assentiu e saiu.
Terminei o banho com rapidez, me vesti e encontrei a arma de Justin na gaveta de minhas calcinhas, óbvio que não fui eu quem colocou ali porque eu nem lembrava mais dessa arma, então deduzi que o próprio Justin a guardou ali pra mim.
Coloquei a arma na bolsa e desci apressada.
– Podemos ir Chaz? - Perguntei e ele se virou pra me encarar.
– Sim. Ah, tome isso. - Ele me deu uma arma pequena.
– Não obrigado, eu já tenho isso. - Eu disse mostrando a arma de Justin.
– O que você está fazendo com essa arma? Se ele sonhar que você pegou na arma dele... - Chaz estava bem nervoso.
– Relaxe Chaz, você está muito tenso! Justin me deu a arma, eu nem teria como abrir aquele cofre enorme. - Eu disse e Chaz franziu o cenho.
– Como é? Ele te deu? - Ele perguntou rápido.
– Foi o que eu disse. - Eu falei como se fosse óbvio e era, pelo menos pra mim.
– Eu hein... - Ele ficou quieto por alguns segundos. - Bem, vamos logo né. - Ele pareceu bem animado agora.
Agarrei o braço de Chaz e nós fomos até a garagem subterrânea que, até hoje, eu não tinha visto. Confesso que fiquei impressionada, eram muitos carros, tantos que eu não podia nem contar.
– Escolhe um. - Chaz disse sorrindo e eu me animei.
– Sério? Eu quero hmm... aquele verde escuro. - Eu disse apontando para um carro pequeno e fofo.
– É sério isso? - Ele riu de mim.
– O que foi? - Perguntei confusa.
– É que Justin me disse que era pra te dar o carro que você escolhesse hoje e bem, você escolheu aquele carro pequeno.
– Ele estava meio risonho, mas eu ainda não tinah entendido o motivo disso.
– Então o carro é meu? Tipo, eu posso sair sempre que quiser com ele? - Eu perguntei.
– Em partes sim porque você só pode sair se Justin permitir, então se ele o fizer, você pode sim levar seu carro. - Ele disse rindo. Que idiota! Não estou vendo graça em nada disso. - Bem, vamos logo.
Nós entramos no meu carro e saímos da garagem, passamos pela frente da casa e, enfim, passamos pelos portões da frente, logo já estávamos na estradinha que dava na rodovia que nos levava até a cidade, mas Chaz resolveu seguir direto pela rodovia e depois entrou em outra estradinha como a primeira por onde passamos.
– Pra onde agente tá indo? - Perguntei despreocupada. Eu confiava plenamente em Chaz, se brincasse, eu confiava muito mais nele do que em Justin.
– Nós vamos para o lugar onde sempre treinamos tiro. - Ele disse concentrado na estradinha.
Chegamos a um lugar onde tinham ruínas de casas, alguns lugares estratégicos para possíveis simulações e muitas, muitas mesmo, marcas de tiro.
– Que diferente. - Eu disse saindo do carro e acompanhando ele até estarmos em um lugar com sombra.
Confesso que tinha imaginado uma coisa diferente do tipo um lugar fechado com uns tipos de cabines, nós estaríamos vestindo roupas especiais, usando luvas, óculos, protetores de ouvidos e acertaríamos um alvo com um desenho de silhueta humana, mas aquilo, com certeza, não passava nem perto do que pensei.
– Essa é a melhor forma de aprender e o bom é que nós vamos fazer simulações de situações possíveis. - Ele disse pegando o celular. - Estão chegando?... Ok, já estamos esperando. - Ele desligou e olhou pra mim.
– Quem está chegando? - Perguntei.
– Alguns caras que vão nos ajudar com a simulação. Cadê a arma de Justin? - Ele peruguntou.
– Está no carro, quer que eu pegue? - Eu disse já indo na direção do carro.
– Não, você não vai precisar da arma dele agora, tome esta.
– Ele me entregou uma arma estranha e segurou outra.
– O que vamos fazer até eles chegarem? - Perguntei analisando a arma.
– Podemos ver o que você sabe sobre armas. Vamos, me mostre como você coloca uma arma em punho. - Ele disse colocando a arma dele no lugar onde antes estava sentado.
Segurei a arma e Chaz colocou a mão no queixo enquanto analisava a posição da arma, ele começou a ajeitar meus dedos para que ficassem no lugar certo, me ajudou a alinhar os ombros e punhos e me disse pra que eu segurasse com força.
– Não ponha o dedo aí Jessica! Se isso fosse uma arma de verdade e você atirasse, seu dedo iria ser torado. - Ele disse impaciente.
– Tá, tá bom, eu vou tentar não colocar o dedo aqui. - Eu disse segurando a arma do jeito que ele disse.
– Tudo bem, agora segure firme, destrave a arma como eu disse e atire. - Ele disse e eu fiz tudo como aprendi. - Foi um bom tiro, mas você precisa segurar um pouco mais firme, você viu como a arma quase voou de sua mão? - Ele disse rindo.
– Tá, eu vou tentar denovo, fica longe. - Eu disse decidida.
– Nem precisa mandar. - Ele disse e se afastou.
Destravei a arma, me posicionei com as pernas um pouco afastadas e flexionadas, mirei em uma parece pouco baleada, segurei a arma com firmeza e atirei. Sorri satisfeita me virando pra Chaz e depois voltando a olhar o lugar onde eu tinha atirado, foi aí que eu vi uma marca azul de tinta, só então percebi que era uma arma com bolinhas de tinta.
– Fala sério, eu pensei que fosse uma arma de verdade. - Eu disse derrotada e Chaz desatou a rir. Revirei os olhos e atirei perto dele.
– Você é louca? Sabe, eu sei que não são balas de verdade, mas machucam e deixam marcas. - Chaz disse assustado e dessa vez eu ri.
– Hey! - Ouvi uma voz grossa e me virei e vi em torno de vinte homens descendo de quatro carros.
– Hey Richard! Estão prontos pra começar? - Chaz disse animado.
O tal Richard se aproximou e fez um toque com Chaz.
– Eles já estão indo para as posições, hoje eu vou só assistir e orientar ela. - Richard disse.
– Você vai me ajudar, o que é bem diferente porque Justin disse pra que eu cuidasse disso pessoalmente. - Chaz disse.
– Ele me disse a mesma coisa, mas não se preocupe, eu sei que ele te deixou no comando dessa vez e tudo porque a mocinha gosta mais de você. - Richard disse revirando os olhos. Imbecil.
– Vamos começar? - Um dos homens disse se aproximando e Richard negou com a cabeça.
– Ainda vamos vestir a roupa nela. - Chaz disse indo pro carro, minutos depois ele voltou com uma bolsa e me entregou uma roupa. - Vista isso Jessica, pode ser por cima da sua roupa mesmo.
Vesti a roupa e Chaz e Richard começaram a me orientar sobre o que eu deveria fazer. Bem, eu não poderia levar nenhum tiro, só podia atingir e "matar" a todos, iríamos fazer aquilo até chegar a perfeição, dia sim, dia não.
Eu já conseguia pisar no chão, então Chaz tirou os curativos, mas me disse pra tomar cuidado ao pisar e correr.
Começamos e eu fui atingida muitas vezes, então sempre tínhamos que recomeçar porque eu "morria", com o tempo eu fui sendo cada vez menos atingida e atingi cada vez mais.
– Você está melhor Jessica, mas ainda está longe do que queremos. - Richard disse e eu suspirei cansada.
– Tudo bem, eu já vi que você está cansada de verdade, vamos pra casa. - Chaz disse rindo e me abraçando de lado.
– Eu estou totalmente destruída. - Eu disse rindo.
Chaz e eu fomos pro carro e em meia hora estávamos em casa. Fui tomar banho porque meu cabelo estava sujo de tinta azul, eu estava me sentindo um blueberry.
Depois de ter descansado por algum tempo eu decidi que pediria pra falar com Justin, pelo menos alguém ali deveria ter o número do celular dele.
– Lindsay, você tem algum contato do Justin, eu quero falar com ele.
– Na verdade nós temos o número de um dos celulares dele, mas agente só pode ligar se for uma emergência. - Ela disse tirando um papel do pote de farinha. Olhei pra ela confusa. - É que Justin não quer que muita gente tenha o número dele. - Ela explicou o fato do pote.
– Obrigada Lind! - Eu disse e abracei ela rápido.
Corri para a sala e liguei dali mesmo já que eu não tinha celular. Depois de cinco toques Justin atendeu.
– O que é? - Eu entreguei o telefone pra Lindsay que tinha em seguido, eu estava nervosa sem motivo, mas estava.
– J-Justin, é a Lindsay aqui. - Ela disse meio nervosa. - A Jessic... Não, ela tá bem... Não, nada está errado, ela só quer falar com você... Ok, vou passar pra ela. - Ela finalizou e me deu o telefone.
– Oi Justin, como foi a viagem? - Perguntei sem saber ao certo o que dizer.
– Ah, fala sério! Você ligou pra isso? - Ele parecia estar irritado, mas tentei não dar atenção.
– Você está em algum hotel? - Perguntei.
– Por quê? Você está vindo pra cá? - Ele perguntou.
– Não, eu só quero saber se você está comendo bem, se está confortável... - Eu fui interrompida.
– Eu saí daí há menos de um dia, não precisa essa preocupação toda e mais uma coisa, eu não quero esse tipo de coisa entre agente, eu já te disse que você é apenas um sexo fixo, então sem sentimentos, ok? Não quero me relacionar com alguém, muito menos se esse alguém for você. - Ele disse aparentemente calmo.
E foram apenas alguns segundos pra que eu sentisse minha garganta tapar, meus olhos se encherem de lágrimas e essas lavaram meu rosto. Limpei a garganta para não demonstrar que estava chorando e resolvi falar algo.
– Eu sei disso, não se preocupe, eu só queria saber se você está bem porque eu estou entediada e precisava falar com alguém. - Eu disse a primeira idiotisse que me veio na mente.
– E por que não falou com Lindsay ou com qualquer outra pessoa? Você precisava mesmo em incomodar? - Ele disse já mudando o tom de voz.
– Talvez seja porque a maioria, tirando o Chaz, a Lindsay e o Christian, tem medo de mim. - Eu disse e ouvi ele bufar.
– Você disse Christian? Eu já te disse pra não ficar perto dele, não disse? - Justin aumentou ainda mais o tom.
– Eu não ligo pro que você diz, nós não temos nada sério e se eu decidir foder com todos aqui é exatamente o que eu vou fazer! - Eu gritei nervosa.
– Se eu ficar sabendo que você, sua cadela, fodeu com qualquer um aí, eu juro que eu mato vocês dois quando eu voltar. Ah, e mais um coisa, nós não temos nada sério mesmo, mas você é minha puta e faz o que eu mando, agora vá pra porra do seu quarto e só saia de lá quando Chaz for te chamar pra ir treinar. - Ele disse irritado e desligou.
Bati o telefone com força na mesa e corri pro meu quarto, eu sei que foi exatamente o que ele me disse pra fazer, mas eu precisava ficar no meu quarto agora, eu estava machucada com o que ele disse e o pior de tudo é aquilo me fazia ter mais vontade de conquistá-lo, eu tinha mais vontade de me dedicar e dar todo o meu amor, porque poderia até ser cedo pra dizer, mas acho que uma pessoa sabe quando está amando de verdade.
No outro dia Justin me ligou a noite e agiu como se nada tivesse acontecido, então decidi agir do mesmo jeito. E foi assim que os dias se passaram, eu acordava, comia, ia treinar com Chaz, passava no porão pra tentar arrancara alguma coisa de Honor e facilitar o trabalho de Justin, e então eu ligava pra Justin e conversava com ele por mais ou menos vinte minutos, até que três dias antes de ele voltar eu decidir ligar mais uma vez achando que tudo seria igual, mas algo de diferente aconteceu.
– O que... Ah! Mais rápido... Oh... Fala logo, porra! - Justin disse entre gemidos assim que atendeu o celular.
– Justin, o que você está fazendo agora? - Perguntei normalmente.
– Jessica?... Oh, não para Camila, eu to quase lá. - Ouvi um barulho como se algo tivesse caído e em seguida os gemidos altos de Justin.
– Justin, Justin o que você está fazendo? Me responda! - Eu comecei a gritar, mas ninguém me respondeu.
Então eu ouvi uma risada feminina seguida pela risada de Justin, depois eu ouvi alguém dizer meu nome e a ligação foi finalizada.
Rezei mentalmente pedindo que fosse só mais uma aventura de Justin, eu não queria ser trocada, não agora que o a distância me fez ver que Justin é mais importante do que pensei. Eu estava me sentindo ameaçada, primeiro foi por Honor, mas eu já tinha descartado a possibilidade de Justin escolher ela, agora eu precisava torcer para que essa tal de Camila não fosse boa o bastante para que Justin a escolhesse como nova garota dele.
O que estao achando?
Camila sua cachorra u_u porque apareceu u_u tadinha da Jessica :/ mt bom *o*
ResponderExcluirJessica :/ coitada dela :/ tá foda (:
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