terça-feira, 26 de junho de 2012

Capítulo 27 Não pode ser...


SERÁ QUE FOI O JUSTIN QUEM FEZ ISSO COM ELA?
OMG
Sem demoras saí a pé mesmo, eu estava voltando para casa de Justin, eu iria fazer ele pagar por tudo, por ter me feito sofrer tanto, por ter me machucando tanto fisicamente quanto emocionalmente, eu iria pôr um fim em tudo, pôr um fim na vida dele.
Peguei um táxi para a rodovia e desci próximo a estradinha, segui andando até a casa de Justin e devido a adrenalina eu não senti medo de um possível ataque.
De longe eu vi aquela casa, todos os homens ali na frente, eles pareciam mais atentos que o normal e isso chamou minha atenção. Me aproximei e vi Christian ali, ele estava sério e não conversava com os outros caras, todos estavam vasculhando o local com os olhos como se por ali tivesse alguma ameaça pronta para atacar a casa.Christian me viu e olhou para os lados correndo até mim.
– Vamos pra lá. - Ele me puxou pelo braço ainda olhando ao redor.
– O que está acontecendo? - Perguntei já encostada no portão.
– Acho melhor você entrar e conversar com Justin. - Ele disse.
– Eu acho que não é bem isso o que eu vou fazer. - Eu disse o encarando séria e correndo para a porta da casa.
Tentei abrir a porta que sempre ficava aberta, mas agora, por algum motivo, estava trancada.
– Justin abra a porta, não adianta se esconder de mim. - Eu disse e logo ouvi a porta sendo aberta.
– Jessica? - Ele me olhou confuso e eu entrei na casa.
– Sou eu mesma. - Eu disse sorrindo sarcasticamente.
Minhas lágrimas já tinham parado de cair, eu estava com ódio, rancor e sei que depois que isso tudo acabasse eu ia sentir a dor de ter perdido a minha mãe. Justin me olhou ainda confuso e depois sorriu de lado se sentando no sofá todo esparramado.
– Há! Eu sabia que você ia voltar.Voei no pescoço dele que se assustou.
– VOCÊ É UM MONSTRO, UM MERDA! - Gritei enquanto apertava o pescoço de Justin com toda a força que eu tinha.
– Pa.. para com isso... você tá me machu... cando de verdade. - Ele disse tentando me fazer soltá-lo.
Eu estava possessa. Justin começou a se debater, tentando se soltar, vi seus olhos se revirarem e as veias e seu rosto estavam pulsando como se fossem estourar.
– Você vê o quanto é bom morrer? Vê o quanto é bom se sentir indefeso e incapaz de salvar a própria vida? - Eu disse chorando e senti Justin começar a amolecer em meus braços.
Fui soltando ele aos poucos e apoiei minha cabeça em seus joelhos, Justin parecia estar tonto e lutava para não fechar os olhos, ele começou a tossir e puxar o ar com toda a força.
– Você... Por que fez isso? - Ele disse com a voz rouca e quase sem se mexer.
– Por que você matou minha mãe? - Eu olhei nos olhos dele enquanto chorava.
– O quê? Mas eu não...
– Não adianta dizer que não foi você Justin, porque eu sei que foi.
– Eu te juro que eu não fiz nada. - Ele disse se esforçando para se ajeitar no sofá e me puxando para que deitasse no espaço vago e colocasse a cabeça em suas coxas.
– Você levou sua arma embora. - Eu disse mostrando a ele o quanto eu estava certa do que dizia.
– Como é? - Ele se levantou de vez. - Minha arma sumiu? Como assim?
Fiquei encarando ele e realmente, ele era um bom ator, parecia mesmo estar surpreso e irritado.
Ri sem humor.
– Você é um mentiroso, Justin! VOCÊ MATOU ELA! VOCÊ É UM EGOÍSTA! VOCÊ MATOU A MINHA MÃE SÓ PRA QUE EU VOLTASSE CHORANDO E VOCÊ NÃO TIVESSE O TRABALHO DE ME PEDIR DESCULPAS E IMPLORAR PELO MEU PERDÃO! - Eu disse nervosa enquanto socava o ar.
Justin me segurou pelos pulsos e me fez sentar no sofá novamente, ele se abaixou em frente a mim e segurou meu rosto.
– Olhe nos meus olhos, Jessica. - Ele disse e eu virei o rosto. - Olhe. Vamos, olhe pra mim, veja o quão sincero eu estou sendo. - Ele puxou meu rosto, me obrigando a encará-lo. - Eu sinto muito meu amor, sinto muito pela sua mãe.
Cada parte do meu corpo dizia para acreditar nele, eu conseguia ver a sinceridade ali e junto dela a compaixão, a preocupação e a tristreza. Agora eu podia ver o quão triste ele era e também podia ver que ele estava sentindo tudo denovo, ele estava lembrando da morte de sua mãe e eu pude afirmar isso ao ver seus olhos se encherem de lágrimas e ele me abraçar.
– Eu estou aqui meu amor, não se preocupe.
E foi então que eu percebi, Justin me chamou de amor! Nada de vadia, cadela, puta, nada de Jessica ou Jessie, ele me chamou de amor e apesar de aquele ser um momento triste e destruidor pra mim, eu estava feliz por ter ouvido aquela palavrinha sair de seus lábios ao se referir a mim.
– Quem matou ela, Justin? Quem?... Me diz. - Eu ainda chorava em seu ombro e ele acariciava minhas mãos com uma delicadeza que não era dele.
– Eu não sei, Jessie, não faço a mínima... - Ele parou de falar e me soltou se levantando. - DESGRAÇADO! - Ele gritou socando o abajur que voou.
– O que foi? - Perguntei olhando pra ele assustada.
– Aquele filho da puta... Ele veio aqui e levou a Camila, aquele merda quase me matou e só não conseguiu porque a arma falhou... a minha arma. - Ele parecia ter se lembrado de algo e chutou a mesa de centro.
– Calma Justin, você vai se machucar. Quem veio aqui? - Perguntei.
– Foi ele, Jessica, ele matou sua mãe. - Ele disse passando as mãos pelo cabelo de um jeito perturbado.
– Quem? - Perguntei segurando os ombros dele, o obrigando a ficar parado.
– Ryan. - Ele disse olhando sobre meu ombro sem emoção nenhuma.
– O quê? Mas você não matou ele? - Perguntei assustada.
– Eu não sei como, mas ele está vivo. - Justin disse me olhando.
Abracei Justin e ele retribuiu com força.
Passei aquela noite na casa de Justin, na verdade, eu estava decidida a ficar lá enquanto Ryan estivesse à solta, não seria seguro eu ficar sozinha em minha casa. Acordei pela manhã depois de ter dormido aproximadamente quatro horas, sim, eu não dormi direito, eu ainda estava asssustada e dormir sozinha naquele quarto enorme não me parecia ideal.
Desci as escadas e encontrei Justin na sala falando no celular e riscando um tipo de mapa enorme.
– Bom dia. - Eu disse e ele se virou para me encarar.
– Oi Jessie, dormiu bem? - Me perguntou dando um sorriso sem mostrar os dentes.
– Na verdade não e você? - Perguntei e Justin negou com a cabeça. - O que está fazendo?
– Terminando de mapear um famoso museu de Londres. - Ele disse me dando espaço para sentar ao seu lado.
– E por quê? - Perguntei apoiando meu queixo nas mãos e olhando pra ele.
Justin me olhou por um tempo e sorriu me dando um selinho cuidadoso, depois que ele precebeu minha aceitação arriscou aprofundar um beijo e eu cedi. Sua língua tocou meu lábio inferior e invadiu minha boca em busca da minha, foi uma verdadeira batalha, nossa línguas brigavam por espaço, cada uma queria poder tirar o máximo de proveito do toque da outra. Justin segurou minha nuca com uma mão e com a outra ele segurou minha cintura, me trazendo ais contra ele. Segurei sua nuca com as duas mãos e fiquei alternando entre acariciar sem cabelo e seu maxilar. Justin sugou minha língua pela última vez e mordiscou meu lábio inferior, dei-lhe um último selinho e ele me olhou sorrindo.
– Pensei que você não iria me deixar te beijar denovo. - Ele sussurrou.
– Seu beijo é uma droga. - Eu disse e ri enquanto ele me olhava indignado. - É uma droga porque vicia, seu bobo.
– Disse certo: seu bobo. - Ele sorriu de um jeito diferente, como se estivesse envergonhado do que havia dito.
Neguei com a cabeça rindo e lhe dei mais um beijo, mas dessa vez um pouco mais rápido. Justin não quis me soltar e começou a beijar meu pescoço, estava claro que ele queria ir além e eu não estava preparada para fazer aquilo de novo, não agora.
– Justin... - Eu empurrei seu peito de leve e neguei de olhos fechados.
Ouvi ele suspirar e me soltar, logo voltando a riscar no papel.
– Por que você está fazendo isso mesmo? - Eu disse depois de um tempo em silêncio.
– Eu vou pra Londres, estamos de olho em uns quadros de Pablo Picasso e de Van Gogh que foram levados pra lá no dia que você foi embora e desde então estamos planejando um assalto. - Ele disse fazendo uma ligação.
– Mas e... - Justin colocou o dedo nos meus lábios para que ele pudesse falar no celular.
– Terminei... Eu te mando por fax... Não pela internet é arriscado... Tudo bem, acho que já podemos ir amanhã... É, quanto mais rápido melhor... Beleza... Até... Claro, sem atrasos. - Ele desligou o celular e enrolou o mapa.
– Espera, Justin. - Eu disse vendo ele se levantando e pronto pra sair da sala.
– O que é? - Ele se virou me olhando.
– Você vai me deixar aqui? Quer dizer, Ryan está solto por aí, eu não quero fica só. - Eu disse e Justin suspirou estralando a língua e parecendo pensar.
– Tudo bem, você vem comigo, mas não vai participar do roubo, você pode ficar no carro com Corey. - Ele disse e eu assenti aliviada.
– Juss. - Chamei quando ele ia saindo de novo e ele se virou novamente. - Eu não tinha dito nada, mas sabe, ontem quando depois que eu vi que sua arma tinha sumido, eu voltei pro andar de baixo depois que ouvi outro tiro e não encontrei o corpo da minha mãe lá, eles levaram o corpo.
Justin me olhou por um tempo e seus olhos foram se sobressaltando, pouco a pouco.
– Levaram o corpo? - Ele parecia perturbado.
– É, o corpo sumiu e eu queria ao menos enterrar ela. - Eu disse sentindo um aperto no peito ao dizer aquilo.
– Ai meu Deus... - Ele colocou a mão sobre a boca e depois me olhou. - Como ela estava quando você chegou?
– Sentada como se estivesse me esperando. - Eu disse e ele travou o maxilar.
– Você viu algum ferimento nela? - Ele perguntou.
– Só um buraco na nuca, acho que foi aonde atiraram. - Eu disse e Justin prendeu o ar me olhando perturbado.
– Não pode ser.
O que estao achando?
 


3 comentários:

  1. OMG *-* que tadinah delaa :/ .. krl ta muito fodaaa .. Juss seu fofo *-*

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  2. ''Eu estou aqui meu amor, não se preocupe.'' Awwwwwwn *-* que lindo '' Disse certo: seu bobo'' awwwwn *-* kk Ryan idiooooota ;@
    Omg :s:S curiooosa de mais aqui :s fooooda de mais *-*

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