segunda-feira, 18 de junho de 2012

Capítulo 15 Objeto sexual - ATUALIZADO

– Levem a garota pro meu quarto e não saiam de lá até eu voltar. - Justin ordenou apertando a mochila nas costas.

– Pra onde você vai? - Perguntei enquanto tentava me equilibrar nas moletas.

– Não é da sua conta, agora faça o que eu disse. - Ele saiu e eu dei de ombros fingindo não me importar.

Subimos e entramos no quarto, Kenny colocou a garota em uma das camas e se sentou na outra ao lado de Chaz, Christian e Larry.

– O que vamos fazer agora? - Christian perguntou caindo pra trás e ficando deitado.

– Esperar Justin voltar. - Larry disse coçando a perna.

– Eu to me sentindo sujo. - Chaz disse se cheirando e fazendo careta. Dei uma risada fraca, eu estava bem cansada pra rir como eu queria.

– É, eu acho que também estou fedendo. - Christian se sentou novamente e balançou a blusa.

– Por que vocês não vão tomar banho? - Eu disse o óbvio.

– Justin disse pra agente não sair daqui, você não ouviu? - Christian disse se levantando e tirando a camisa.

De repente ficou calor, sabe.

– É, acho que vamos ter que esperar por um tempo ainda. Quando ele sai assim, sempre demora. - Chaz disse ainda sentado e repetindo o gesto de Christian.

Acho que estou no inferno, está queimando.

– Olha, se ele demora do jeito que vocês estão falando, então dá tempo de vocês tomarem um banho e voltarem antes dele. - Eu disse me ajeitando na poltrona.

– Agente não pode te deixar sozinha, de jeito nenhum. Vai que você foge. - Kenny balançou a cabeça freneticamente negando.

– Fugir como? Eu to com o pé machucado, não dá pra correr e aqui não tem telefone pra eu ligar pra alguém. Ah, e outra coisa, eu já fiz minha parte, daqui há pouco tempo vou estar bem longe disso, graças a Deus, não preciso fugir - Eu disse meio aliviada.

– Nossa, até parece que nós somos um bando de gente ruim. - Larry disse e eu ri.

– Nunca pensei que fosse ouvir isso de você, Jessica. - Kenny fingiu um choro falso, me fazendo rir mais ainda.

– Eu te respeitava. - Chaz disse abaixando a cabeça e fingindo chorar como Kenny.

Mas o Christian me surpreendeu, eu confesso que quase tive um infarto de tamanho susto.

– NÃO, POR FAVOR JESSICA! NÃO SE VÁ, EU ASSUMO O BEBÊ, EU JURO QUE ASSUMO, NÃO ME ABANDONE. - Ele me abraçou e ficou em cima de mim na poltrona.

Fiquei parada com os olhos arregalados enquanto ele dizia que iria assumir o meu filho, nem sei de onde ele tirou isso, mas tudo bem.

– NÃO, O FILHO É MEU! - Chaz gritou se jogando de joelhos na minha frente e empurrando Christian.

– Sai daí! - Christian disse se levantando e vinda na direção de Chaz, eu já estava vendo a hora de alguém chutar meu pé machucado.

– Ok rapazes, vamos parar com isso. As pessoas vão pensar que está acontecendo uma briga de verdade. - Larry disse rindo, enquanto Kenny estava tentando roer as unhas dos pés despreocupado.

Os garotos começaram a rir e se abraçaram de lado, como os homens fazem. Os dois sem camisa, os corpos se tocando, aquilo estava me causando sensações e eu precisava acalmar meu ânimos.

– Tudo bem meninos, acho que vocês precisam de um banho mesmo. - Eu disse fingindo estar sentindo um mau cheiro. - Podem ir, eu me entendo com Justin. - Eu disse os empurrando até a porta. - E vocês também podem ir, estão empestiando o quarto. - Eu olhei pra Kenny e Larry tapando os narizes, eles cheiraram as próprias roupas confusos e se levantaram saindo, ainda me encarando.

Enfim eu estava sozinha, não totalmente por causar de Honor, mas já que ela estava desacordada, então era mais ou menos isso. Não sei, mas acho que ela acordou no carro e deram mais morfina pra ela cheirar ou então essa menina tá morta porque ninguém fica tanto tempo desmaiada assim, quer dizer, eles colocaram pouco produto no pano pra ela cheirar.

E como se lesse meus pensamentos a criatura começou a se mexer e logo abriu os olhos. Ela olhou o quarto e depois me encarou, como eu ainda estava vestida de Honor, a garota ficou confusa.

– Você sou eu? - Ela perguntou apontando pra nós duas.

Revirei os olhos. Tinha que ser loira mesmo.

– Não, eu não sou você. - Eu disse e ela se levantou.

– Como assim? O que eu to fazendo aqui? - Ela parecia atordoada. - Espera, eu me lembro! Um homem entrou no meu quarto com você e depois eu senti alguém me segurar e um cheiro forte, e aí eu desmaiei. - Ela disse como uma autêntica loira burra, fazendo caras e bocas.

– Olha, me faça o favor de se sentar e ficar quieta, tá? - Eu disse enquanto me levantava, pegava o pedaço de pano que os caras tinham usado e molhando com morfina, sem que Honor visse.

– Eu não vou ficar quieta, eu quero ir embora. - Ela disse com a voz chorosa e correu pra porta.Corri atrás dela e a segurei pelo cabelo.

– Fique quieta. - Eu disse tentando fazer ela cheirar a morfina, mas ela balançava a cabeça demais.

Puxei o cabelo dela com mais força e saí de trás pra que ela caísse no chão, depois subi em cima dela e coloquei o pano cobrindo seu nariz e sua boca. A garota arranhava meus braços, se debatia, arranhava meu pescoço e puxava minha blusa, mas aos poucos ela foi se acalmando até enfim, desmaiar.

Apoiei meus braços ao lado do corpo dela e abaixei a cabeça cansada.

– Wow! Isso é sexy. - Ouvi uma voz conhecida dizer. Me virei e vi Justin.

Revirei os olhos e me levantei.

– Idiota. - Murmurei e ele deu uma risadinha.

– Por que saiu de cima dela? Ficou tão lindo vocês duas juntas, depois vamos fazer um menage, tá? - Ele disse segurando minha cintura beijando meu pescoço.

– Nem pensar que eu vou deixar ela tocar em você. - Eu disse segurando em seu peito e o encarando séria. Justin levantou o rosto e riu alto.

– O que você quer dizer com isso? - Ele me olhou ainda abraçando minha cintura.

– Ah Justin, ela é muito burra, você não ia gostar. - Eu disse tentando concertar a idiotisse que tinha dito.

– Eu quero uma mulher, não uma professora. Não quero que ela seja inteligente, quero que ela seja gostosa e saiba o que fazer, assim como você. - Ele disse vindo me beijar.

– Então se ela for gostosa e souber o que fazer... - Deixei no ar para que ele prosseguisse.

– O quê? - Ele perguntou.

– O que acontece comigo? - Perguntei me afastando um pouco dele.

– Vai pros outros caras. - Ele disse como se isso fosse nada e voltou a beijar meu pescoço.

– Não vou, não. Eu estou livre, esqueceu? - Eu disse afastando ele de mim.

– Sou eu quem mando, esqueceu? - Ele me encarou sério e voltou a beijar meu pescoço.

Empurrei ele que caiu na cama e fui pro banheiro.

– Abra a porta, Jessica. - Ele disse em um tom mandão.

– Me deixa, Justin. - Eu disse me encostando na porta e sentindo o nó na garganta.

– O que aconteceu? - Ele disse aparentemente inocente.

– Não finja que não sabe o que aconteceu. - Eu disse já com a voz chorosa, mas segurando as lágrimas.

– Eu não vou saber o que aconteceu se você não me dizer. - Como se ele não soubesse. Incrível, ele era mestre em mentiras.

– Você disse que ia me deixar ir e agora tá dizendo que dependendo do desempenho sexual dessa vadia que tá desmaiada aí, eu vou ser dada aos seus amigos, isso te responde Justin? - Eu disse e já não segurava as lágrimas, ele não tava me vendo mesmo.

– Você sabe que mais cedo ou mais tarde, eu vou escolher outra, eu te disse isso. - Ele disse sem paciência.

Não falei mais nada, ouvi Justin bufar.

– Abra isso logo, Jessica, eu não estou brincando. - Ele disse mais duro e eu fiz o que ele disse.

– Pronto, o que você quer? - Eu disse olhando pra ele.

Justin sorriu de lado e agarrou minha cintura.

Quer saber? É um objeto sexual que ele quer? Pois bem, é isso o que ele vai ter, mas uma coisa eu digo, não vou fazer o maior esforço pra agradá-lo, quem sabe assim ele não se cansa logo de mim e me liberta, não é?

Faça o que quiser comigo, Justin, eu não ligo. Me maltrate e me trate como uma vadia. Mate esse sentimento que está nascendo, aproveite que ainda está no início.

O que estao achando?
 

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