Depois de me satisfazer com aquela comida, fiquei sentada na cama até ouvi o barulho de um carro, me fazendo correr até o vasculhante para ver quem era. Vi uns caras saindo de dentro do carro com armas, Justin cumprimentou um deles e eles começaram a conversar. Vi também algumas garotas vestidas como vadias, elas ficavam se insinuando o tempo todo e se esfregavam uma nas outras, como se aquilo fosse sexy.
Uma das meninas beijou Justin, o que me fez pensar que ela seria a namorada dele. Ela era linda! Tinha cabelos compridos e um corpo bronzeado.
Ouvi a porta se abrir e uma garota entrou lá.
– Vem comigo, você precisa tomar banho. - Ela disse e me mandou seguí-la.
Fiz o que ela disse e chegamos em um banheiro, no andar térreo da casa.
– Depois que você se limpar, vista essa roupa e vá até a porta ao lado. Eu vou te deixar linda. - A mulher disse e eu assenti confusa, vendo ela sair.
– Imbecil. - Sussurrei e me virei para o vasculhante que tinha perto da banheira, era um pouco grande e acho que eu passaria por ali.
Enrolei a roupa que a mulher me deu na mão e soquei o vidro, mas acho que não coloquei força o suficiente para quebrar. Tentei mais duas vezes e tudo o que eu consegui foi ficar com o pulso doendo.
– Já acabou? - A mulher gritou do lado de fora.
– Ainda não, eu estou lavando o cabelo. - Inventei qualquer coisa e decidi tomar banho já que não teria como sair dali.
Enquanto tomava banho fiquei pensando.
Por que eles me sequestraram?
Eu não tenho dinheiro, meu carro é velho e a casa onde moro com minha mãe foi doada pelo governo, então não tinha motivo para eles me pegarem.
Desliguei o chuveiro e me enxuguei com uma toalha ùmida que tinha ali, depois peguei a roupa e quase tive um derrame cerebral ao ver que era um tipo de fantasia sexual.
– Que droga é essa? - Sussurrei olhando aquilo com os olhos arregalados e o coração acelerado.
– Se você não sair daí em dois minutos eu mando o Ryan vir te buscar. - A mulher gritou do lado de fora.
O Ryan não, tudo menos ele.
Vesti a roupa em um tempo recorde e destranquei a porta.
A mulher me analisou e torceu o bico, me puxando até o quarto que havia perto do banheiro.
– Você é bem bonita, acho que vai valer mais que a maioria de nós. - Ela disse arrumando meu cabelo.
– O que você quer dizer? - Eu perguntei confusa e meio assustada.
– Você sabe, os caras vão pagar bem pra transar com você. - Ela disse naturalmente e eu me afastei bruscamente dela.
– COMO É? EU NÃO SOU UMA VADIA COMO VOCÊ! - Eu disse desesperada.
– Eu não sou uma vadia porque quero, sou porque preciso. - Ela disse guardando o pente e pegando uma caixa de maquiagem.
– Mas eu não preciso! - Eu disse tentando convencer a ela e a mim mesma que não seria obrigada a fazer aquilo.
– Você pode até não precisar, mas essa é a única coisa que as mulheres fazem aqui, então se você está aqui, precisando ou não, você vai ser a cadelinha deles. - Ela disse. - Agora fique sentada pra eu terminar de te arrumar.
– Eu não vou ficar sentada porra nenhuma! Eu tenho que fazer alguma coisa, não vou ser uma prostituta barata. - Eu disse indignada.
– Eu já disse que eles vão pagar bem. - Ela quis me confortar, mas não funcionou.
– Foda-se o quanto eles vão pagar, eu não vou fazer isso. - Eu disse com raiva e desespero na voz.
– Tá vendo isso? - Ela afastou o cabelo longo e virou de costas pra mim revelando uma cicatriz enorme.
– O que aconteceu? - Perguntei apavorada.
Aquilo estava muito feio, apesar de já estar cicatrizado.
– Eu tentei fugir uma vez, não me lembro como consegui, mas eu estava há uma semana livre disso tudo... Então Justin me achou e me fez implorar pra ser uma vadia de novo, só para que ele parasse de queimar minhas costas com um ferro de passar roupa. - Ela suspirou. - Não tente fugir, garota, vai ser pior pra você.
Comecei a chorar desesperada, realmente não tinha escapatória.
– Meu Deus! Foi por isso que eles me pegaram? - Eu perguntei chorando descontroladamente e ela assentiu. - Eu não deveria ter parado a droga do carro. Merda! - Bati na parede e me apoiei ali, chorando.
A mulher tocou meu ombro e me virou para si, então a abracei e continuei chorando.
– Não adianta chorar, isso só vai deixar o Justin mais irritado. Ele sempre faz isso. Cria alguma situação pra abordar as pessoas nessas estradas vazias. Se for homem ele rouba e mata, mas quando é uma mulher ele traz pra cá. - Ela disse ainda me abraçando e em seguida se separou de mim. - Enxugue o rosto e vá lá na sala, eles estão te esperando. - Ela disse e eu chorei mais ainda.
– Não, eu não quero ir, por favor me ajuda. - Ela me olhou com pena e me entregou uma pílula.
– Vai ajudar a diminuir a dor. - Ela disse e eu guardei aquilo entre meus seios.
Apertei os olhos com força, respirando fundo e andando devagar até a sala.
– Ela chegou! - Disse um homem negro e forte se levantando.
– Nossa, que delícia. - Outro cara moreno-claro disse se virando para me olhar.
Eu já estava chorando denovo.
Tinha uns vinte homens ali e eu seria de todos eles.
O rapaz negro chegou perto de mim e apertou meu trazeiro, me fazendo fechar os olhos com força.
– Tá preparada pra levar nessa bundinha linda, vadia? - Ele disse com uma voz medonha.
Fiquei calada e ele segurou meu rosto me forçando a olhar pra ele.
– Diga que está pronta e que quer que eu coloque tudo de vez. - Ele ordenou e eu retorci o rosto chorando de um jeito contido. - DIGA LOGO, PORRA! - Ele gritou e eu comecei a chorar mais ainda.
– E-eu estou pronta... e quero... - Soluçei. - Quero que você coloque t-tudo. - Eu disse já chorando que nem louca.
Ele riu e os outros acompanharam.
– Seu pedido é uma ordem. - O homem me virou de costas, me abraçando e roçando seu membro, ainda sob a calça. - Você aguenta? - Ele perguntou.
– Por favor, não faz isso. - Implorei chorando e ele puxou meu cabelo com força.
– Responda direito! - Ordenou e eu retorci o rosto. - Diga que aguenta.
– E-eu aguento. - Eu disse e ele mordeu meu ombro.
Ouvi o barulho de seu zíper sendo aberto, mas não tive coragem de virar pra ver. Logo senti uma coisa quente e dura tocar a parte desnuda de minha bunda.
– Abra bem essa bundinha gostosa. - Ele disse e eu continuei parada.
Ele me pegou pelo braço com força e me fez virar pra ele, os outros caras só assistiam aquilo enquanto tocavam seus membros descobertos.
– Vai logo com isso Travis, eu quero foder ela logo! - Um cara branco disse se masturbando.
– É melhor você me obedecer, sua vaca, eu não estou com paciência. - Ele disse baixo pra mim e eu reprimi um grito ao sentir ele apertar mais meu braço.
Ouvi a porta da frente se abrir e o tal Travis estalou a língua me soltando.
– Você está ótima. - Ouvi a voz de Ryan e me virei.
– Chaz, leva a garota para o porão, porque eu quero conversar com ela. - Esse era Justin falando com um tom sério.
– Deixa que eu levo. - Ryan disse e eu corri na direção de Chaz.
– Me leva logo Chaz! - Eu disse e ele riu.
Chaz me levou até o porando, abrindo a porta e me mandando entrar.
– Você quase implorou pra ter a pior noite da sua vida. - Chaz disse antes de fechar a porta.
Andei até a cama e me sentei lá, eu queria vestir minha roupa porque estava frio ali.
Me deitei e fiquei pensando.
A pior noite de minha vida foi ontem e a única coisa que seria pior que ontem, seria ser estuprada por vinte homens, então se eu estava livre daquilo, eu estava bem.
Justin estava demorando, para chegar e eu estava ficando com sono, então dormi.
...
– Hey, acorda. - Fui sacudida e abri os olhos me deparando com Justin.
Ele havia trocado de roupa. Estava de bermuda, camiseta e calçava chinelos.
Me sentei na cama e fiquei olhando pra ele que puxou uma cadeira e colocou em frente a mim.
– Você tem quantos anos? - Ele perguntou e eu fiquei sem entender, mas respondi.
– Dezessete e você? - Perguntei tentando ser simpática, apesar de ter sido tratada como um lixo desde de que cheguei.
– Não importa a minha idade, eu faço as perguntas aqui. - Ele disse e foi a primeira vez que ele foi grosso comigo porque, na verdade, ele mal falava comigo. - Você está em uma casa esse dias. - Ele comentou. - Você está sozinha lá?
– Sim. - Menti. Eu não ia falar sobre minha mãe, não queria envolver ela nisso.
– Não minta pra mim, eu sei que você está lá com uma mulher. - Ele disse sério.
– Se sabe por que perguntou? - Essa saiu sem querer e me fez ter vontade de me matar.
– Pra saber o que colocar na coroa de flores que eu vou mandar no velório dela. - Ele disse e sorriu sarcástico.
Arregalei os olhos.
– Desculpa. - Eu disse e ele riu sem humor.
– Quem é ela? - Ele perguntou.
– Minah tia. - Menti, totalmente insegura.
– Cadê seu pai? - Justin perguntou e eu franzi o cenho.
– Eu não conheço meu pai. - Eu disse e ele me deu um tapa forte no rosto.
– Eu já disse pra não mentir pra mim, vadia! - Justin disse alto enquanto levantava da cadeira e a jogava para o lado.
– Eu não estou mentindo! Eu juro que não conheço ele. - Eu disse chorando e ele segurou meus cabelos.
– Para de chorar sua vaca, eu odeio choro de mulher. - Ele disse tapando minha boca. - Agora me diga onde aquele filho da puta está. - Ele disse calmo de um jeito assustador.
– Por favor, acredite em mim, eu não sei. - Eu disse e ele me jogou na cama.
Justin andou pra longe de mim e pôs as mãos na cabeça, respirando fundo e virando-se para mim com as mãos na cintura.
– Se não vai me contar por bem, eu vou te fazer falar por mal. - Ele disse saindo do quarto e me deixando ali assustada.
Com certeza, agora ele me parecia bem pior que Ryan.
O QUE ESTÃO ACHANDO? EU PASSO TUDO PARA A DONA DA FAN.
OMG *--* continua ta mtoo boom .. AAEE finalmente a 1° kk ..
ResponderExcluirOmmmg *-* apesar de tudo u_u eu to gostando mt vlh *-*
ResponderExcluirQue louco :D muito bom.. :D continua.
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